A atualização da Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos de 2016, divulgada nesta terça-feira pela Autoridade Pública Olímpica (APO), revelam avanço nos projetos relacionados à organização e realização do evento. Os dados reúnem os compromissos assumidos pela União, Estado e município para as Olimpíadas. Segundo o documento, 71% das 52 obras atingiram o nível de maturidade acima de 3. Isso significa que os projetos tiveram os contratos assinados e a construção, iniciada. A matriz leva em consideração o que está previsto para as áreas da Barra da Tijuca, Maracanã, Deodoro e Copacabana, consideradas regiões olímpicas.

Segundo a APO, em 28 de janeiro, apenas 46% dos projetos tinham atingido ou superado o nível 3 de maturidade. As obras no Complexo Esportivo de Deodoro, na Zona Oeste, foram os que mais contribuíram para o avanço dos índices e dos valores da matriz. O presidente da APO, general Fernando Azevedo e Silva, lembrou ainda que o sucesso da Copa como ajudou na preparação das Olimpíadas.

“Provamos que o Brasil tem a capacidade de organizar um grande evento esportivo. Ao mesmo tempo, nos exige mais responsabilidade em fazer com que as Olimpíadas sejam tão boas ou melhores que a Copa”, disse o general, em nota.

Complexo de Deodoro, que vai sedir provas de 11 modalidades, foi o que mais contribuiu para avanço na Matriz de Responsabilidades dos Jogos de 2016 – Marcelo Piu / Agência O Globo

O Complexo de Deodoro concentra 11 projetos, entre construções e obras de adequação de instalações esportivas. O espaço vai sediar as provas de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Na primeira versão da Matriz de Responsabilidades, as obras de Deodoro estavam com nível de maturidade 2, sem valores nem prazos definidos.

“Ultrapassar a maturidade 3 é muito importante, pois dá uma visibilidade em termos orçamentários. Estamos confiantes na boa organização dos Jogos do Rio”, disse, em nota, o presidente da APO.

A escala de maturidade vai até o nível 6, que significa que o projeto foi entregue e está pronto para operação. Os outros níveis são: 1 (projeto conceitual em elaboração baseado nos compromissos de candidatura), 2 (anteprojeto ou projeto básico/termo de referência em elaboração), 4 (contrato assinado) e 5 (obra concluída ou serviço disponível).

AUMENTO DE R$ 900 MILHÕES EM RECURSOS

Na comparação com os dados de janeiro, os recursos totais dos Jogos Olímpicos aumentaram de R$ 5,6 bilhões para R$ 6,5 bilhões. O presidente da APO explicou, no entanto, que isso não significa que o custo dos Jogos aumentou. Segundo ele, a soma incluiu valores de projetos que estavam sem licitação, como os de Deodoro. Nessa atualização da matriz, os investimentos privados continuam contribuindo majoritariamente para o financiamento dos projetos, com o valor de R$ 4,2 bilhões (65%).

 

Fonte: O Globo, online – 30/07/2014