Neste domingo, Niterói completou 442 anos e muitas são as transformações e mudanças que a cidade está passando para dar maior mobilidade e conforto aos moradores. Dentre essas mudanças estão as obras da TransOceânica, que vai ligar Charitas, na Zona Sul, ao Cafubá, na Região Oceânica, que vai beneficiar cerca de 80 mil pessoas por dia. Segundo uma pesquisa divulgada pela revista Exame.com, no mês de setembro, Niterói ficou em terceiro lugar no ranking das 100 melhores cidades para investir em imóveis, atrás apenas de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e Natal, no Rio Grande do Norte. De acordo com especialistas do ramo imobiliário, a Região Oceânica é um dos locais com grande crescimento e uma ótima opção para quem procura espaço, sossego e qualidade de vida. Composta por cinco belas praias (Itaipu, Piratininga, Camboinhas, Sossego e Itacoatiara) a região tem sido cada vez mais procurada.

O proprietário da imobiliária Tempo Imóveis, José Geraldo Caldas, comenta que a procura por imóveis na região teve um pequeno aumento nos últimos meses. A empresa trabalha com compra, venda e aluguel de imóveis na região e José afirma que os valores estão acessíveis. “Quando o cliente procura um imóvel na Região Oceânica, eles na verdade estão procurando mais tranquilidade, espaço e qualidade de vida. A região está com muita expectativa de valorização e o prefeito tem conseguido fazer muitas melhorias”, admite.

A gestora de contratos, Fernanda Santos, de 30 anos, mora em Itaipu há seis anos e conta que não sai mais da região. Fernanda morava em um apartamento no Fonseca e se mudou para uma casa grande no bairro, após seu irmão e sua cunhada irem morar com ela. “Optamos em sair do apartamento e ir para um local maior. Quando vimos a casa, nos apaixonamos pelo espaço e tranquilidade do local. Já estávamos acostumados a ir para a região, por causa das praias e acabamos vindo morar. Hoje meu irmão não mora mais conosco e eu e minha mãe decidimos ficar aqui e não sair mais”, disse.

Fernanda trabalha no Centro do Rio e admite que o percurso diário é longo e cansativo, mas isso não é um fator negativo para ela. Segundo Fernanda, os prós do local são maiores e ela ganha em qualidade de vida.

“Temos tudo que precisamos por aqui, supermercados, shopping, praias, lojas, bares e restaurantes, não preciso sair da Região Oceânica para nada no fim de semana. Meu lazer está todo aqui e a cada fim de semana faço coisas diferentes. Na semana passada mesmo, eu e meu noivo subimos o Costão de Itacoatiara. Além de lindo, é uma opção perto de casa”.

O engenheiro ambiental Diego Moraes, de 29 anos, mora há 20 anos na Região Oceânica e destaca que o local cresceu muito nos últimos anos. Sempre adepto de esportes, Diego já fez muita trilha de bicicleta pelas ruas dos bairros. De acordo com ele, na região ele consegue ter paz para descansar toda a noite e repor as energias no final de semana, sem esquecer também da infraestrutura local, que possui uma diversidade enorme de mercados, restaurantes, comércio e serviços.

“No meu ponto de vista, a principal vantagem de morar aqui é o contato com a natureza e as praias. Desde adolescente frequento as praias da região, principalmente Itacoatiara, que é a minha programação nos dias de sol. Subir o costão, o Mourão e o Andorinhas também está entre as minhas atividades prediletas na região. Cada vez que subo, a beleza é diferente, a natureza tem disso”, conta.

Diego afirma também que a construção do túnel irá ajudar bastante a vida de quem precisa se deslocar diariamente para o trabalho no Centro do Rio. “Esse projeto irá facilitar o acesso e encurtar bastante o tempo no trânsito. Vai melhorar a qualidade de vida da população. Certamente a região vai se valorizar ainda mais, trazendo assim um foco ainda maior da prefeitura para o desenvolvimento local”, destaca ele.

Praias

A Região Oceânica de Niterói possui um complexo composto por cinco praias, cada uma com sua característica particular. A Praia de Piratininga é porta de entrada da área e também a maior praia da região, sendo formada pela união de duas outras praias, o Praião, trecho mais extenso e com ondas mais fortes, e a Prainha, de menor extensão e com mar calmo. Elas se unem para formar a Praia de Piratininga, com um total de 2,7 Km de extensão.

Já a Praia de Camboinhas, localizada entre a Praia de Itaipu e a Praia do Sossego, é rodeada de belas casas, hotéis e pousadas. O mar de tom esverdeado, rodeado por uma areia dourada, chama a atenção dos frequentadores.

A Praia de Itaipu é a única praia oceânica do município a ser caracterizada por suas águas bastante calmas, que ocorre devido à formação de enseada. É principalmente devido à tranquilidade das águas que esta praia se apresenta como um grande atrativo, sendo seguro para o lazer e para as embarcações que utilizam o mar como porto. E é devido a essa característica que Itaipu abriga uma das maiores colônias de pescadores de Niterói. Abriga as dunas, o museu arqueológico, a Lagoa de Itaipu, além do caminho ecológico do Morro das Andorinhas, que pertence ao Parque Estadual da Serra da Tiririca.

A Praia de Itacoatiara é uma das praias oceânicas mais movimentadas de Niterói. Com suas águas azuis e cristalinas e um mar bastante agitado com fortes ondas, a praia é um paraíso para surfista nenhum botar defeito. É muito procurada, principalmente pelos jovens, para a prática de surfe e bodyboard. Cercada pelo Parque da Serra da Tiririca, a beleza da Praia de Itacoatiara se mescla com a vegetação da Mata Atlântica. O local conta com costões de pedra muito utilizados para a prática de escaladas, além de ser frequentada para trilhas e realização de caminhadas. É possível ir até ela fazendo uma trilha, que dura em torno de 50 minutos, saindo do costão da Praia de Piratininga.

E por último, a Praia do Sossego, uma praia pequena, com apenas 150 metros de extensão, com uma beleza única. Em função disso, recebeu o título de Monumento Natural, e é uma área de preservação. A Praia do Sossego é um dos poucos lugares da cidade que ainda têm vestígios de restinga e uma orla cercada por costões com diversidade de espécies vegetais. Por ser uma praia de difícil acesso, a movimentação é pequena e não tem infraestrutura para receber visitantes.

 

Fonte: O Fluminense – 24/11/2015