O fígado executa muitas funções que são essenciais à vida, tais como produção de proteínas, metabolização de toxinas, armazenamento de glicose, produção de colesterol, produção de bile, síntese de fatores da coagulação, armazenamento de ferro e vitaminas, etc.
A cirrose hepática é o resultado final de anos de agressões ao fígado, o que provoca a substituição do tecido hepático normal por nódulos e tecido fibroso. No fundo, a cirrose nada mais é do que a cicatrização do fígado. Onde deveria haver tecido funcionante, há apenas fibrose (cicatriz).
Causas
– Cirrose alcoólica – O consumo diário de cerca três copos de cerveja ou 2 taças de vinho já é um volume suficiente para causar lesão do fígado, principalmente nas mulheres, que são mais susceptíveis às lesões hepáticas do álcool. O consumo regular de álcool leva à esteatose hepática, também conhecido como fígado gorduroso, que pode evoluir para hepatite alcoólica e, por fim, para cirrose e falência hepática.
– Hepatites virais – As hepatites virais crônicas, principalmente as hepatites B e C, são causas comuns de lesão do fígado, que podem levar à cirrose após anos de doença ativa. Muitas vezes, o paciente nem sequer desconfia ser portador de um desses vírus, só vindo a descobrindo muitos anos depois, quando os sintomas da cirrose começam a se manifestar.
– Hepatite autoimune – A hepatite autoimune é uma forma de lesão do fígado na qual o nosso organismo começa a produzir de forma inapropriada anticorpos contra as células próprio fígado, como se este fosse um ser invasor, um corpo estranho que não nos pertencesse.
– Esteatose hepática não alcoólica – O consumo excessivo de álcool é uma das causas mais comuns de esteatose hepática, mas não é a única. Obesidade, diabetes, desnutrição e alguns medicamentos podem também provocar esteatose, que em graus mais avançados pode evoluir para esteato-hepatite e, posteriormente, para cirrose.
– Cirrose biliar primária – A cirrose biliar primária, que também é doença de origem autoimune, é uma forma de lesão do fígado na qual o processo inicia-se pela destruição das vias biliares.
Outras doenças que podem provocar cirrose:
– Hemocromatose;
– Doença de Wilson;
– Deficiência de alfa 1 antitripsina;
– Fibrose cística;
– Colangite esclerosante primária;
– Hepatite por drogas ou medicamentos.
Sintomas
Fraqueza;
Falta de apetite;
Perda de peso, sem causa aparente;
Pele e olhos amarelados;
Coceira por todo o corpo;
Abdômen inchado;
Vômito com sangue devido ao sangramento das varizes do esôfago;
Insuficiência renal;
Desnutrição, em casos avançados;
Atrofia muscular;
Rubor das palmas das mãos;
Flexão dos dedos das mãos;
Aranhas vasculares: veias em forma de aranha sob a pele;
Aumento das mamas nos homens;
Aumento das glândulas salivares localizadas ao nível das bochechas;
Atrofia testicular;
Neuropatia periférica que é a perturbação das unções do sistema nervoso.
Tratamento natural da cirrose
O tratamento natural da cirrose hepática não deve substituir o tratamento indicado pelo médico, mas pode ser feito com o chá de sabugueiro ou de uxi amarelo que devido às suas propriedades desintoxicantes e depurativas são uma ajuda no alívio dos sintomas.
Dieta para cirrose
A dieta para cirrose hepática deve ser indicada pelo nutricionista e deve ser pobre em sal, substituindo-se o sal por outros alimentos como salsa ou limão, por exemplo, com alimentos ricos em fibras e com poucas proteínas, principalmente se o paciente apresentar ascite que é água na barriga ou encefalopatia hepática.
O tratamento nutricional da cirrose hepática também inclui que paciente não consuma medicamentos, drogas, chás que possam lesar o fígado e, sobretudo álcool que é uma das principais causas de cirrose hepática. Desta forma, no tratamento para cirrose hepática alcoólica a abstinência de álcool é fundamental.