O registro de imóveis no país avança em linha com a transformação pela qual vem passando a atividade nos últimos anos. Um dos desafios do negócio é o registro eletrônico, uma solução que agiliza e fomenta as transações imobiliárias. No Brasil, existem atualmente 3.700 serventias, sendo 170 no estado do Rio de Janeiro.
Com 10 anos de existência, o Registro de Imóveis do Brasil/seção Rio de Janeiro, antes denominada Associação dos Registradores de Imóveis do Rio de Janeiro (ARIRJ), promoveu o 1º Encontro de Registradores de Imóveis do Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de novembro, no Hotel, para debater a evolução e desafios da atividade.
“Esse evento traz toda a modernização que o mercado precisa de amparo. O corretor de imóvel tem que estar antenado com essas mudanças. O mercado imobiliário depende sempre do registro de imóveis, porque é o que dá a garantia de propriedade”, comentou João Eduardo Leal Correa, vice-presidente do Creci-RJ, que marcou presença no evento.
O presidente da seção Rio de Janeiro do Registro de Imóveis do Brasil, Sérgio Ávila, apontou o registro eletrônico como o principal desafio para a atividade e para o mercado imobiliário. E as ferramentas existentes trazem mais agilidade no acesso às informações sobre os imóveis.
Uma delas é o Mapa do Registro de Imóveis do Brasil (mapa.onr.org.br), pelo qual é possível obter informações sobre um imóvel específico, como sua matrícula, por exemplo. O mapa é uma iniciativa nacional que teve origem no Rio de Janeiro.
Segundo Ávila, o caminho da transformação e da evolução vai continuar. O mapa digital, em breve, ganhará novas funcionalidades. Uma delas será a consulta de preços, o que, para ele, vai acrescentar muito mais transparência e liquidez ao mercado imobiliário.
“Muitas vezes, o corretor de imóveis tem dificuldade de conversar com o cliente sobre o preço do serviço. Em breve, o registro de imóveis vai proporcionar essa transparência para o mercado”, explicou.
O vice-presidente do Creci destacou a importância da atividade para efetivar a imensa quantidade de imóveis não registrados no país. “O trabalho dos registradores é muito importante, pois busca reduzir essa dimensão gigantesca de imóveis não regularizados”, observou João Eduardo, ressaltando que eventos como esse trazem transformação, tecnologia e uma visão diferente do mercado.
Para ele, o relacionamento do Creci-RJ com os registradores de imóveis abre caminho para levar para os corretores de imóveis cursos de aprimoramento, palestras e conhecimento, fazendo um intercâmbio grande com eles. “Essa articulação é muito positiva”, avaliou.
Sérgio Ávila também destacou a importância do relacionamento com os profissionais da corretagem de imóveis. “Os corretores de imóveis são parceiros dos oficiais de registro de imóveis no sentido de que são multiplicadores da realidade fundiária, das ações do registro eletrônico e do conhecimento sobre a atividade”, comentou.