Se levarmos em consideração o ano de 2012, a valorização no segmento comercial foi bem maior: de 18,5% (em 2011, o metro quadrado fechou em R$ 7.530). Segundo o diretor da Lopes Rio, Luigi Gaino, a tendência para o mercado de comerciais no Rio de Janeiro é, a curto prazo, de estabilização, pois nos últimos três anos houve um ciclo muito forte de lançamentos – foram ao todo, 73 empreendimentos, com 17.353 escritórios e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,6 bilhões — e esse é o momento de ocupação dos lançamentos realizados recentemente.
— Em relação ao futuro, os empreendimentos comerciais dependem da economia do país: quanto mais cresce, mais cresce o mercado, além do crescimento natural da cidade, que já cria sozinho demanda para novos lançamentos.
Em relação à localização, os empreendimentos comerciais lançados no Rio de Janeiro nos últimos anos têm, segundo Gaino, dois pontos fortes:
— Um deles é a macrorregião da Barra da Tijuca, que inclui o Recreio dos Bandeirantes, e outro é a região central da cidade que, além do Centro inclui a área do Porto. Outros pontos de atuação do mercado de comerciais, mas não muito recorrentes, são bairros já consolidados na fase residencial e seguem para a fase da evolução urbanística que recebe as unidades comerciais, como Méier, Madureira e Campo Grande.
O perfil dos compradores, segundo o diretor da Lopes, é variado.
— No ano passado tivemos crescimento de investidores poupadores, que são patrimonialistas, poupam o dinheiro para investir e diversificar seus investimentos, mas também intermediamos aos investidores tradicionais, que miram a rentabilidade, e para o usuário final, que se aloca em polos comerciais para tocar aproveitar o aquecimento de determinada região.
No Rio, diferentemente de outros lugares, as salas são pequenas, com metragem média de 25 m² e um banheiro.
— As unidades geralmente oferecem possibilidade de junção e atendem, assim, ao pequeno e ao grande investidor — conclui Gaino.