RIO — O preço do metro quadrado dos imóveis comerciais na cidade cresceu 5,6%  em 2013, passando de R$ 8.930 em 2012 para R$ 9.430. Foram lançados 20  empreendimentos corporativos na cidade durante o ano, com um total de 4.517  unidades. A pesquisa é da imobiliária Lopes Rio. A valorização foi inferior ao  metro quadrado do segmento residencial, que registrou alta de de 10,1% no ano  passado, segundo levantamento do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio).

Se levarmos em consideração o ano de 2012, a valorização no segmento  comercial foi bem maior: de 18,5% (em 2011, o metro quadrado fechou em R$  7.530). Segundo o diretor da Lopes Rio, Luigi Gaino, a tendência para o mercado  de comerciais no Rio de Janeiro é, a curto prazo, de estabilização, pois nos  últimos três anos houve um ciclo muito forte de lançamentos – foram ao todo, 73  empreendimentos, com 17.353 escritórios e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,6  bilhões — e esse é o momento de ocupação dos lançamentos realizados  recentemente.

— Em relação ao futuro, os empreendimentos comerciais dependem da economia do  país: quanto mais cresce, mais cresce o mercado, além do crescimento natural da  cidade, que já cria sozinho demanda para novos lançamentos.

Em relação à localização, os empreendimentos comerciais lançados no Rio de  Janeiro nos últimos anos têm, segundo Gaino, dois pontos fortes:

— Um deles é a macrorregião da Barra da Tijuca, que inclui o Recreio dos  Bandeirantes, e outro é a região central da cidade que, além do Centro inclui a  área do Porto. Outros pontos de atuação do mercado de comerciais, mas não muito  recorrentes, são bairros já consolidados na fase residencial e seguem para a  fase da evolução urbanística que recebe as unidades comerciais, como Méier,  Madureira e Campo Grande.

O perfil dos compradores, segundo o diretor da Lopes, é variado.

— No ano passado tivemos crescimento de investidores poupadores, que são  patrimonialistas, poupam o dinheiro para investir e diversificar seus  investimentos, mas também intermediamos aos investidores tradicionais, que miram  a rentabilidade, e para o usuário final, que se aloca em polos comerciais para  tocar aproveitar o aquecimento de determinada região.

No Rio, diferentemente de outros lugares, as salas são pequenas, com metragem  média de 25 m² e um banheiro.

— As unidades geralmente oferecem possibilidade de junção e atendem, assim,  ao pequeno e ao grande investidor — conclui Gaino.

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Fonte: O Globo, 10/04/2014