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A Caixa Econômica Federal avalia alterar as regras de concessão de seu financiamento para reforma e construção de imóveis, o Construcard.

O benefício hoje permite a compra de materiais de construção e itens como armários embutidos, piscinas, aquecedores solares e equipamentos de energia fotovoltaica.

O que as entidades do setor pleiteiam ao banco é que o programa passe também a financiar os custos com a mão de obra -responsável por ao menos metade dos gastos. A flexibilização incentivaria reformas e aqueceria o mercado, que sente a crise.

“Temos dialogado com o governo para flexibilizar incentivos ao setor. O país não tem condições de conceder benefícios inadvertidamente, mas podemos chegar a um meio-termo”, diz Walter Cover, presidente da Abramat (da indústria da construção).

Para evitar fraudes, o setor sugere que a Caixa passe a aceitar financiara mãodeobra desde que sejam profissionais registrados como MEI (Micro Empreendedor Individual), que emitem notas fiscais.

A Caixa diz, em nota, considerar a revisão de “algumas regras de contratação do produto, entre elas a utilização do Construcard para o pagamento de mão de obra”.

A carteira do benefício finalizou o ano passado com mais de R$ 6 bilhões e com contratação acima de R$ 1,7 bilhão, segundo o banco.

“O setor responde rapidamente a incentivos, como a nova faixa 1,5 do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo”, diz Cláudio Conz, da Anamaco (dos comerciantes de materiais de construção).

“Quem compra uma unidade e sai do aluguel, tende a fazer uma reforma ao se mudar. Se evitou fazer obras em 2015, por causa da crise, vai ter de mexer na casa agora.” Com um cartão, o cliente compra materiais de construção e quita o financiamento em até 240 meses.

Fonte: Folha de São Paulo, 22/04/2016