A presidente Dilma Rousseff inaugurou ontem o empreendimento Minha Casa Minha Vida Frei Caneca, construído na área do antigo presídio. Entre os 998 apartamentos, 642 foram entregues a famílias de vítimas das enchentes de 2010 e 22 aos índios que viviam na Aldeia Maracanã. Dilma lembrou o histórico da região e contou que o estado recebeu propostas para erguer no local um empreendimento comercial, mas optou pela habitação popular.

-Estamos atendendo uma população extremamente valorosa, lutadora. Muita gente perdeu tudo o que tinha em enchentes – disse a presidente.

O cacique Carlos Tucano, que lidera o grupo dos índios reas- sentados, explicou que a proposta inicial do estado era colocá-los na região da colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá, mas não haveria tempo para

As adaptações:

– Fizemos um acordo, mas é claro que é tudo muito diferente. A maioria nunca morou em apartamento. A adaptação não vai ser fácil, mas o tempo vai dizer como isso vai ocorrer.

A construção dos apartamentos foi coordenada pela Secretaria estadual de Habitação. Segundo o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, as famílias beneficiadas terão direito a uma linha de crédito de até R$ 5 mil, para a compra de eletrodomésticos.

O empreendimento é formado por dois conjuntos, batizados com os nomes dos compositores Zé Kéti e Ismael Silva. São 24 blocos de apartamentos, de cinco andares cada. Os apartamentos têm 43,23 metros quadrados, divididos em dois quartos, sala, banheiro e cozinha. O investimento foi de R$ 62,8 milhões, e os recursos são da Caixa Econômica Federal e do governo do estado.

As 642 famílias vítimas das enchentes estavam incluídas no programa do aluguel social, da prefeitura. É o caso da diarista Carmem Lúcia Rodrigues dos Santos. Ela perdeu a sua casa no Morro dos Prazeres e, desde tão, recebia aluguel social:

– Ganhava R$ 400 por mês. O local aqui (Frei Caneca) é bom, mas demorou muito p ficar pronto. Enquanto ela não ficava pronta, só consta alugar um imóvel em Oswaldo Cruz e tinha que complementar o valor – contou Carmem Lúcia.

Também ontem, a presidente inaugurou o Hospital Estadual dos Lagos, em Saquarema, custou R$ 46 milhões, sendo 41,7 milhões do governo do Estado e o restante oriundo cofres da prefeitura da cidade.  O hospital começa a funcionar na próxima semana, mas totalmente. A manutenção é de R$ 80 milhões anuais.

 

Fonte: O Globo – 01/07/2014