RIO — O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em abril, variação de 0,67%, acima do resultado do mês anterior, quando a taxa ficou em 0,22%. No ano, o índice acumula variação de 2,04% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,75%, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE).

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,93%, enquanto que no mês anterior a taxa havia sido de 0,45%. No ano, acumula 2,45% e, em 12 meses, 6,88%. Neste grupo, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos teve variação de 0,95%, frente à taxa de 0,49% de março. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,36% para 1,09%. Já a parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,29%, em março, para 0,84%, em abril. Neste grupo, vale destacar a aceleração do subgrupo refeição pronta no local de trabalho, cuja variação passou de 0,18% para 1,42%.

Ainda de acordo com a FGV, o índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,42% em abril, após alta de 0,01% em março. A aceleração foi consequência do acordo coletivo no Rio de Janeiro e do dissídio em Salvador, referente ao mês de janeiro. No ano, o subgrupo registra 1,66% e, em 12 meses, 8,58%.

Cinco capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. A capital fluminense passou de 0,18%, em março, para 2,73% este mês — a maior variação entre os municípios. Em contrapartida, Salvador e Recife registraram desaceleração. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Confiança no setor piora

O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getulio Vargas, porém, teve piora no trimestre encerrado em abril deste ano, registrando -5,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta é a menor variação interanual desde abril de 2013 (-6,6%).

Na comparação mensal, a piora foi ainda mais significativa, de -10,7%, em abril. Em março, havia sido de -5,6%. É o pior resultado desde outubro de 2011 (-12,1%).

Fonte: Jornal O Globo – 25/04/2014