Uma modalidade de crédito ainda pouco conhecida no país, com taxa de juros baixa e prazo de pagamento longo, vem ganhando força nos últimos anos. Nessa linha, o cliente usa o imóvel ou o terreno quitados como garantia em caso de inadimplência.

Não há uma destinação específica para o dinheiro emprestado, mas a recomendação é usar esse tipo de financiamento com parcimônia, já que há risco de perder o bem.

 Cliente perde o bem se atrasar prestação. Consumidor deve ficar atento a custos extras

Construtora promete fazer “parque Augusta” para conseguir erguer prédios no local.

O saldo dessa carteira de crédito na Caixa Econômica Federal atingiu R$ 6,3 bilhões em 2013, com elevação de 54% na comparação com o ano anterior.

Já no Banco do Brasil, a previsão é que o montante tenha chegado a R$ 1 bilhão, o que representaria acréscimo de 45% nesse confronto.

No HSBC, o saldo subiu 31% no mesmo intervalo, mas o banco não informou o montante. Itaú, Bradesco e Santander não divulgaram os dados de volume nem variação.

Nos seis bancos pesquisados, o prazo de financiamento varia de 6 a 300 meses. Essa possibilidade de distribuir o pagamento da dívida por tanto tempo é, na opinião de Lore Ribeiro, superintendente nacional da Caixa, um dos grandes atrativos da linha.

Apesar desse raciocínio, o banco estatal vai reduzir o prazo de 300 para 240 meses em fevereiro, para, nas palavras da executiva, aproximá-lo daquele oferecido pelos concorrentes.

 No Banco do Brasil e no Santander, o limite é 180 meses.

A autônoma Ane Madureira, 21, deu como garantia um terreno em Itatiba (a 84 quilômetros de São Paulo), e os R$ 100 mil emprestados foram usados para terminar de construir uma casa no local, na qual vai morar com a família. Hoje vivem em um apartamento alugado na zona leste da capital paulista.

Ela conseguiu a menor taxa de juros entre as instituições pesquisadas, de 1,1% ao mês mais TR -que varia e foi de 0,1126 no dia 1º. Como comparação, a taxa de empréstimo pessoal nos bancos é, na média, de 3,2%, segundo a Anefac (associação dos executivos de finanças).

Fonte: Folha de São Paulo – 12/01/2014