FONTE: Jornal Extra, 05/10

Em busca de um imóvel para comprar, a vítima é fisgada por um anúncio fraudulento de uma suposta financeira. A tratativa começa e, durante as conversas, os golpistas buscam entender a capacidade de pagamento de entrada pelo cidadão, para fazer uma proposta aparentemente vantajosa. Quando a quantia inicial é transferida, porém, ele recebe um documento sem valor legal algum. Durante um tempo, é informado de que o financiamento está em análise. E depois, o grupo alega que o imóvel pretendido já foi vendido, sendo necessário reiniciar buscas. Mas é tudo enrolação. Segundo o delegado da 38ª DP Maurício Mendonça, assim agem, em geral, bandidos que usam o sonho da casa própria como isca.

— Em setembro, recebemos em torno de 100 denúncias desse tipo. Já foram presas 30 pessoas, de pelo menos três quadrilhas diferentes. E essa é a segunda etapa de investigação desse golpe. No início do ano, cerca de 10 pessoas foram presas — explica o delegado Mendonça.

As perdas das vítimas variam de R$ 2 mil a R$ 100 mil. Hevelyn Bordes, de 37 anos, pagou, como suposta entrada, R$ 3 mil. Mas depois recebeu um contrato estranho.

— Cheguei a visitar a casa, pois eles se apresentam a pessoas que realmente querem vender e oferecem o serviço de intermediação. Mas as cláusulas do contrato pareciam com as de um consórcio e nada garantia que o meu imóvel seria o que visitei e escolhi. Percebi que tinha sido vítima de um golpe então — conta Hevelyn.

Há uma série de cuidados, entretanto, que podem ser tomados para evitar isso (veja abaixo). Laudimiro Cavalcanti, diretor do Conselho Regional de Corretores de Imóveis, aponta que financeiras sequer podem atuar na compra e venda de imóveis como golpistas oferecem.

— Na nossa legislação, consta que só o corretor de imóveis está autorizado a intermediar compra, venda, locação, assessoria e avaliação de imóveis — explica.

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