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Você sabia que a manutenção das áreas comuns dos condomínios ajuda a valorizar o imóvel? Segundo especialistas, é preciso fazer reparos e cuidar dos espaços diariamente para que o prédio não sofra depreciação. A responsabilidade é do síndico, mas os condôminos também podem fiscalizar.

O presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci-RJ), Manoel da Silveira Maia, acredita que uma administração competente do prédio também contribui para essa valorização dos imóveis. “Uma boa gestão financeira dos recursos do condomínio é fundamental para manter o equilíbrio do empreendimento e fazer os investimentos necessários”, orienta.

É preciso estar atento aos pequenos detalhes relacionados à manutenção das partes comuns para que não se tornem grandes problemas, acarretando em gastos para o condomínio. “A manutenção da fachada é item obrigatório para a valorização do condomínio, já que é a primeira impressão que se tem sobre o empreendimento”, explica Maia.

No Recreio dos Bandeirantes, há um condomínio construído há 21 anos. Mas a aparência é de novo. São 15 apartamentos, que contam com garagem e paisagismo. Para a professora Angela Fortuna, conselheira do condomínio, o segredo está justamente nos cuidados para preservar o patrimônio. “O zelador toma conta de tudo e ainda cuida das plantas do prédio. Se uma pedra portuguesa solta, ele resolve o problema. Acredito que o resultado positivo é porque estamos sempre atentos e não deixamos de fazer a manutenção e nem os reparos necessários”, analisa.

Advogado recomenda que é preciso estabelecer prioridades

Ainda segundo Manoel da Silveira Maia, é importante destacar que, quando o síndico mantém o condomínio em ordem, não é preciso fazer grandes reformas, impactando no cotidiano dos proprietários.

Para André Luiz Junqueira, advogado especializado em direito imobiliário, a manutenção é importante. Mas, em tempos de crise, é preciso ter prioridades para não aumentar ou gerar cotas extras. Ele sugere que o síndico faça uma lista com os serviços mais importantes. “Em geral, a recomendação é seguir o laudo de vistoria, que apresenta o que é preciso fazer no prédio”, orienta Junqueira.

O advogado também alerta para os cuidados com condomínios com espaços de lazer. O síndico não pode, por exemplo, acabar com sauna pois os moradores não utilizam e só dá despesas. Este ambiente é direito adquirido do condômino e deve ser preservado.

Fonte: Jornal Meia Hora – 06/10/2016