Por conta da captação recorde da caderneta de poupança em 2013, algumas vantagens da aplicação voltam a ficar evidenciadas. O volume de R$ 71 bilhões deve se reverter para o consumidor em mais crédito imobiliário, uma vez que a maior parte do dinheiro depositado na caderneta tem de ser direcionada a este tipo de crédito, segundo uma regra do Banco Central. Veja abaixo alguns motivos que tornaram a poupança atraente no ano passado aos olhos do consumidor.

Simplicidade

Apesar de o mercado ter cada vez mais produtos disponíveis aos investidores, a caderneta ainda é o de mais fácil entendimento, talvez por ser um dos mais antigos.

Isenta de IR e tarifas

 A aplicação é uma das poucas que não possui Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, não são cobradas taxas de administração (como nos fundos de investimento), de entrada e de saída (como em alguns fundos de previdência).

Segurança 

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) protege algumas aplicações em até R$ 250 mil. Este é o caso da poupança. Assim, se o banco decretar falência, a aplicação que somar até esse valor estará garantida.

Rentabilidade

 Em épocas de juros nas alturas, a rentabilidade da poupança não era lá essas coisas, mas isso tem mudado. No começo de 2013, pela taxa Selic estar em patamares menores, a caderneta foi uma grande concorrente dos fundos, principalmente dos que cobram alta taxa de administração. A elevação do juro ao longo do ano aumentou a rentabilidade dos títulos de renda fixa, mas também da poupança uma vez que parte dela é atrelada à Taxa Referencial (TR), que por sua vez é influenciada pela Selic. A rentabilidade da poupança aumentou 49% em 2013.

Aplicação baixa

 No mundo dos investimentos até existem opções seguras e com melhores rentabilidades, mas nem sempre elas são acessíveis. Nesse ponto, a caderneta leva vantagem de não exigir uma quantia mínima para a aplicação.

Liquidez

 A qualquer hora, em qualquer dia, os recursos da poupança podem ser sacados. Por isso, ela indicada inclusive, para guardar o dinheiro de emergência.

Aumento da renda do brasileiro

 Não só em 2013, mas nos últimos anos, a renda do brasileiro tem crescido. O que nos primeiros anos significou um boom do consumo da chamada classe C agora passa para uma segunda fase, de poupança.

Fonte: O Estado de São Paulo – 09/01/2014