São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul são os estados no topo da lista dos mais almejados pelos cariocas quando se trata de comprar uma segunda residência. Um levantamento realizado pela Lopes mostra que a terra da garoa corresponde a 47% da preferência de compra, um percentual bem acima dos outros dois estados: 14% (Ceará) e 10% (Rio Grande do Sul).

A pesquisa foi realizada com imóveis adquiridos no período entre janeiro do ano passado e o último outubro. Do número total de compras no período, 76% correspondem a imóveis residenciais, sendo que, destes, 74% em prédios e 2% em casas. A aquisição de unidades comerciais é de 17%, de terrenos, 3%, e de lotes, 2%. Os principais motivos, segundo o diretor da Lopes no Rio, Luigi Gaino, são familiares e de negócios:

— Existe uma diferença de quem é de outro estado e compra imóvel no Rio. Pode ser por causa de um vínculo aqui, mas, também, por lazer, pois o Rio é um sonho de consumo de muitos neste aspecto. Na mão contrária, a escolha se deve, na maioria das vezes, para se ter uma segunda residência. A motivação inicial é porque a pessoa tem família, e a segunda é por motivos profissionais, quando se tem negócios nos dois locais ou vive-se na ponte área com outro estado, principalmente em São Paulo — avalia.

Uma característica destes imóveis fora é que estão em áreas nobres. Segundo ele, os mais procurados são os de dois quartos, embora, ressalta ele, haja uma grande procura também por imóveis maiores. Na pesquisa, segundo Gaino, não há muitos quarto e salas, já que se trata de compra de uma segunda casa mesmo.

Outros estados que aparecem no ranking são Paraná (8%), Espírito Santo (7%) e Minas Gerais (5%). O percentual em Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Norte é de apenas 2% e, no Distrito Federal e em Pernambuco, de 1%.

O vice-presidente da Ademi, Rubem Vasconcellos, reforça que a compra de imóveis por cariocas em outros estados, via de regra, não é com a finalidade de fazer um investimento.

— Quando se compra imóvel em São Paulo, é porque já se tem uma ligação com a cidade, especialmente a profissional. Já quando se compra no Rio, há um lado do passeio, além de negócios — afirma.
Fonte: Jornal O Globo – 03/12/2013