A Barra da Tijuca e outros 21 bairros da Zona Oeste vão passar por atualização cartográfica. No trabalho, feito pelo Instituto Pereira Passos (IPP), prédios, casas, imóveis comerciais, ruas e terrenos que surgiram desde o último cadastro, há 13 anos, vão ser incluídos no novo mapa, que ficará pronto no fim do ano que vem e incluirá uma extensão de 822 quilômetros.

A prefeitura garantiu que o objetivo não é revisar dados para o IPTU e que o trabalho será realizado em três etapas, sendo a primeira a restituição cartográfica. Nela, serão identificadas, e representadas no mapa, as formas físicas encontradas no terreno.

A segunda parte será a análise em campo das informações. Nela, especialistas vão até às áreas para confirmar os dados, como número de portas, nomes de rua, etc. “Por fim, um grupo de edição ficará responsável por traduzir esse material coletado e torná-lo algo visual e prático de usar”, explicou o geógrafo do IPP Fabrício Fusco.

O trabalho será feito com uso da técnica conhecida como aerofotogrametria – câmeras acopladas a uma aeronave fazem o registro fotográfico do território. Segundo o gerente de Cartografia da Diretoria de Informações da Cidade (DIC), do IPP, Marco Zambelli, não é possível saber detalhes do imóvel, mas, dependendo da altura da casa, é possível identificar quantos pavimentos ela tem.

Zambelli explica, no entanto, que o objetivo principal é mapear hospitais, escolas, comércio, shopping e todas as grandes atividades comerciais e industriais da área. “Vamos identificar se certas ruas existentes são de loteamento particular ou de logradouro público”, explicou.

De acordo com o IPP, depois da Zona Oeste, há previsão de fazer trabalho semelhante em outras áreas do Rio que passaram por grandes transformações.

O recadastramento na Zona Oeste não deve trazer novidades em relação ao crescimento das favelas. O acompanhamento da ampliação do território delas na cidade é feito periodicamente pelo IPP. “Isso já é acompanhado pela equipe do instituto através de ortofotos (fotos com projeção ortogonal, que permitem ver os ângulos da imagem)”, explicou o o gerente de Cartografia da Diretoria de Informações da Cidade, do IPP, Marco Zambelli.

Fonte: Jornal O Dia – 19/11/2013