Após duras críticas pela má administração do Zoológico do Rio, a prefeitura apresentou um projeto que pretende transformar o local num megaparque. A obra ficaria por conta da iniciativa privada: quem ganhar a licitação, a ser aberta até o fim do mês, terá que investir R$ 60 milhões para implementar o projeto em dois anos. A licitação para conceder o zoológico à iniciativa privada será aberta até o fim do mês. O novo modelo de gestão foi divulgado pela Prefeitura do Rio na semana em que o EXTRA mostrou o Rio Zoo com animais magros e recintos mal conservados. E, se hoje o cenário do zoo é lamentável, no papel, o futuro se assemelha a um parque da Disney. A empresa vencedora da concorrência pública terá que investir cerca de R$ 60 milhões para implementar o projeto no prazo de dois anos.

A Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público Privadas do município terminou os estudos técnicos, de engenharia e de viabilidade econômico-financeira nesta semana. Era um requisito para a transferência da administração do zoológico à iniciativa privada. O projeto foi feito pela Cataratas do Iguaçu S.A. e custou R$ 2 milhões. A empresa é responsável pela administração do Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, pelo gerenciamento do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em Pernambuco, e também cuidará do AquaRio, previsto para ser inaugurado no ano que vem na Zona Portuária.

O plano de reestruturação estabelece que os visitantes vão entrar no zoológico e chegar a uma praça. Neste local haverá lojas e restaurantes. Dali, público poderá escolher um caminho a seguir dentro do parque, pelas seis grandes áreas temáticas: primatas; aves; répteis, anfíbios e insetos; felinos e caninos; ursos; e savana. Os animais não ficarão confinados em recintos. A separação do público será feita com vidros.

Na savana, haverá um rio artificial, que cortará o espaço destinado aos animais da África, como zebras, leões, elefantes e girafas. O passeio poderá ser feito com botes. Outro atrativo será a possibilidade de mergulhar dentro de uma gaiola protegida, no recinto de jacarés e crocodilos, na área dos répteis.

A construção de uma tirolesa, um teleférico e de um cinema 3D também consta no projeto, mas não será uma obrigação da empresa vencedora nos primeiros dois anos de contrato. O secretário Especial de Concessões e Parcerias Público Privadas, Jorge Arraes, disse que essas iniciativas caberão à empresa, caso perceba que haverá demanda.

Arraes explicou que a Fundação Riozoo continuará a existir, com o papel de fiscalizar a empresa, e os funcionários serão aproveitados.

 

Fonte: Extra – 08/10/2015