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O futuro já chegou na Praça Mauá. De todos os legados que os Jogos Olímpicos deixarão para o Rio de Janeiro, o mais visível para a cidade, sem dúvida, é o Museu do Amanhã. Inaugurado no dia 17 de setembro, na Zona portuária da cidade, a instalação já é um sucesso e tornou-se o mais novo cartão postal da Cidade Maravilhosa.

Projetado pelo espanhol Santiago Calatrava, o edifício tem formas inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico. É cercado por espelhos d’água, jardim, ciclovia e área de lazer, ocupando 34,6 mil metros quadrados do Píer Mauá.

Imponente, porém suave, com curvas e leveza que remetem ao espírito carioca e ao jeito de ser de quem escolhe viver no Rio de Janeiro.

Para erguer o Museu do Amanhã – quem tem 20 metros de altura e 338 de comprimento – foram usados 55 mil toneladas de concreto, 4,3 milhões de quilos de metal e 76 mil litros de tinta.

Porém, como se trata de legado dos Jogos Olímpicos, Calatrava não esconde que também buscou inspiração nas competições esportivas. “O esporte é uma inspiração, é uma coisa extraordinária. É algo saudável, educativo, jamais prejudica. É um dos instrumentos mais antigos que existem para educar, sobretudo os jovens. E é também um grande gerador de beleza. Basta ver, por exemplo, os 100 metros rasos, a ginástica, ou a intensidade e da emoção de ver duas equipes competir”, explicou o arquiteto espanhol.

O Museu do Amanhã é o coração da grande transformação que está ocorrendo na cidade. A inauguração do novo espaço cultural é um marco de revitalização do Centro do Rio de Janeiro. A expectativa dos organizadores era receber cerca de 450 mil visitantes ao ano. Porém, com apenas três semanas de funcionamento, 100 mil pessoas já haviam conhecido o acervo do museu.

MUDANÇAS EM TODA A ZONA PORTUÁRIA

O Museu do Amanhã é apenas a parte mais visível da grande transformação que está ocorrendo no Centro do Rio de Janeiro. As obras do chamado projeto Porto Maravilha começaram em junho de 2011.

A ideia é recuperar a infraestrutura urbana da Região Portuária, uma área total de 5 milhões de metros quadrados. A derrubada do Elevado da Perimetral, iniciada em 2013, ajudou a mudar a cara da região. São 70 km urbanização de ruas e vias, além da construção de quatro túneis e a renovação de praças e sistemas de transportes.

Fonte: Jornal O Dia – 26/05/2016