A construção sustentável já movimenta cifras bilionárias no Brasil. Um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young) revela que, em 2012, o valor total dos imóveis que reivindicaram o selo sustentável atingiu R$ 13,6 bilhões do PIB de edificações — subdivisão da construção civil que desconsidera obras de infraestrutura.

Isso representa 8,3% do valor total de R$ 163 bilhões do PIB de edificações. Em 2010, a porcentagem era de 3% e o PIB, de R$ 139 bilhões.

O estudo foi realizado a pedido do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) e considerou projetos registrados para o selo LEED. Entretanto, o crescimento deste tipo de edificação é verificado de maneira geral por outras organizações que emitem selos verdes.

Até agora, o GBC já certificou 112 empreendimentos de 783 registrados. Cenário bem diferente do de junho de 2007, quando a organização iniciou a operação no Brasil: eram 48 registros e só um projeto certificado.

— O mercado de edifícios verdes vem ganhando espaço. A certificação de construção sustentável para edifícios comerciais e de serviços funciona como um cartão de visitas. E os edifícios habitacionais não ficam para trás: os compradores estão mais exigentes e procuram por menores custos de condomínio, além, é claro, de beleza, conforto e qualidade de vida para os usuários — explica Manuel Carlos Martins, coordenador executivo do processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental), que, desde 2008, quando foi lançado pela Fundação Vanzolini, já concedeu 149 certificações no país.

Fonte: O Globo On line – 22/09/2013