O mercado imobiliário não vive uma bolha. O que está ocorrendo é uma acomodação do setor, além de uma valorização que está acontecendo na cidade nos últimos 5 anos em função da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

A avaliação é do presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), Leonardo Schneider, para quem os investimentos na Zona Portuária e no Centro são muito bem vindos, uma vez que essas regiões ficam perto da Zona Sul, Zona Norte, além de ter fácil acesso. Além disso, frisou que esses investimentos deveriam também ser direcionados para Zona Oeste, área em que a população está crescendo muito.

A falácia se há ou não uma bolha no mercado imobiliário tem movimentado o setor, principalmente os consumidores que pretendem comprar ou alugar algum imóvel na cidade do Rio de Janeiro.

Fatores

Para Schneider não existe essa tão falada bolha. Na sua opinião, existe uma valorização do mercado baseado em fatos concretos que estão acontecendo na cidade nos últimos 4 ou 5 anos.

“São diversos fatores, entre eles o aumento do crédito para financiamento imobiliário, investimentos em infra-estrutura que a cidade está recendo, como no transporte, recuperação de novas vias, BRS, metrô, BRT, e a segurança pública. Tem toda uma questão de visibilidade do Rio em função dos eventos da Copa do Mundo e do Jogos Olímpicos”, acrescentou.

Acomodação

 Segundo o presidente do Secovi-Rio, o mercado imobiliário está vivendo um momento de acomodação, de ajuste, em relação a preço, porém, salientou que ainda há muita coisa acontecendo, ou seja, pessoas comprando, buscando oportunidades e querendo investir. Isso sem mencionar os novos lançamentos das construtoras.

“O preço de mercado está sendo absorvido pelos compradores porque a renda aumentou, principalmente para apartamentos pequenos. O preço é esse. Nós entendemos também que nesse ano haverá vários ajustes de equilíbrio”, explicou.

Quanto a Zona Portuária, ele fez questão de ressaltar ao MONITOR MERCANTIL que a região é um projeto de longo prazo para investimentos. Segundo ele, quem quiser investir terá que ter essa perspectiva. “É uma área que está sendo recuperada. É bem localizada e o retorno dos investimentos deve vira longo prazo”.

Schneider fez questão de ressaltar que dentro do projeto de revitalização da Zona Portuária há um projeto de habitação que faz parte do projeto Porto Maravilha. E acrescentou que há uma área separada especialmente para projetos residenciais. “Há sempre os pioneiros. Na parte de acesso, vai ser muito bom. É coisas para o futuro. Hoje, ainda é muito vazio”.

Investimentos

 No que diz respeito a investimentos no Centro, ele considera uma boa opção, pois é uma região que não para de crescer, além do valor histórico. “Além de ser bem localizada, com acesso fácil a Zona Sul, Zona Norte e precisava dessa revitalização”, disse, acrescentando que a Zona Oeste, Jacarepaguá, são áreas que, em sua opinião, podem ser revitalizada porque tem muito espaço e uma população crescendo.

O presidente da entidade, no entanto, frisou que o aumento das taxas de juros pode prejudicar o mercado. Sem “esticar” o assunto, disse apenas, com o aumento, a parcela fica mais alta e isso, de acordo com ele, dificulta muito. “O setor está em um momento de ajuste. A valorização. A valorização será a mesma dos últimos 4 anos. Mas há boas perspectivas em determinadas áreas”.

Fonte: Monitor Mercantil – 06/03/2014