A primeira de 24 superestruturas em aço que farão parte da base do telhado do Museu do Amanhã, na Zona Portuária, começou a ser instalada nesta segunda-feira, numa megaoperação que durou seis horas e deverá continuar por todo o dia de hoje, mobilizando 40 operários e um guindaste gigante. Com 14 metros de altura por 52 de comprimento, a peça pesa 80 toneladas e é a maior que vai compor a cobertura. Uma vez pronto, o telhado terá 350 aletas (espécie de asas) metálicas, que se moverão de acordo com a posição do sol, para captar a iluminação natural.

Forjadas em Portugal e São Paulo pela Martifer, empresa que já trabalhou como fornecedora em outros projetos do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, autor da obra do museu, as peças estão sendo pré-montadas e guardadas num depósito em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O trabalho está sendo feito a partir de 5.300 peças de menor tamanho, que, combinadas e soldadas, funcionam como um imenso quebra-cabeças.

Até agora, segundo o gerente de Produção das obras do museu, Edilson Costa, já estão prontas quatro dessas superestruturas, à espera da hora de seguir para o canteiro de obras. A expectativa é que, na semana que vem, deva ser instalada mais uma dessas peças:

– A base de concreto do museu já está pronta. Do alto, a semelhança é com uma imensa caixa de sapatos sem tampa. As primeiras 12 estruturas serão colocadas apoiadas sobre essas paredes. As outras 12, que virão depois, formarão as extremidades em vão livre do museu. Em cima delas, teremos estruturas intermediárias e, acima de tudo, as aletas.

As peças já serão instaladas na cor definitiva que o museu terá quando estiver pronto: branco gelo. Serão dados retoques apenas nos pontos de solda. A tinta terá reforço anticorrosão, com prazo de validade de pelo menos dez anos. Orçado em R$ 215 milhões, o prédio terá 320 metros de extensão e 50 de largura. A previsão é de entrega no primeiro semestre de 2015.

 

Fonte: O Globo, Isabela Bastos – 17/06/2014