O Complexo do Alemão, na Zona Norte, terá a construção de mais 1,6 mil unidades habitacionais para realocação de pessoas desabrigadas em outros terrenos da Avenida Itaoca. Os investimentos na construção das unidades, agrupadas nos condomínios Jardim Arara/ Jardim Tucano e Jardim Rouxinol, são de RS 54 milhões. Outros três condomínios reunirão 1.080 mil apartamentos e RS 116 milhões em investimentos. Atualmente, há 1,2 mil famílias cadastradas no Alemão e em Manguinhos sendo atendidas pelo aluguel social à espera de realocação.

 

Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, visitou os 300 apartamentos dos condomínios Jardim Canário e Jardim Beija-Flor, localizados na mesma avenida. Construídos em parceria com o governo federal, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, os imóveis foram entregues, no sábado, a famílias de Manguinhos e do Alemão que recebiam aluguel social. Foram investidos RS 31 milhões nos conjuntos habitacionais.

 

“Inauguramos quase 17 mil unidades do Minha Casa Minha Vida e é muito bom ver que o programa evoluiu. Também estamos investindo em moradias em outras comunidades pacificadas. Já desapropriamos mais de 18 terrenos no Jacarezinho e em Manguinhos, e vamos construir mais quatro mil apartamentos”, disse o governador.

 

O Jardim Canário será ocupado por 100 famílias. Outras 50 receberam as chaves dos apartamentos no conjunto Beija-FIor, que conta com 200 unidades. O restante das mo-radias será ocupado por 150 famílias do próprio Complexo do Alemão.

 

Com a entrega, o número de unidades habitacionais no Complexo do Alemão, construídas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 1 ou pelo Minha Casa Minha Vida chega a 1.802. Outras 2.077 pessoas optaram pela compra assistida – quando o governo compra a casa em área de risco e auxilia o morador a adquirir um novo imóvel.

 

Ex-moradora de área de ris-co, a pensionista Maria da Aparecida Coelho, de 51 anos, recebeu a chave do novo apartamento. Ela vai morar com o fi¬lho de 22 anos no imóvel. O outro filho, de 28 anos, também recebeu um apartamento para morar com a família no local. “Morava em área de risco, debaixo de uma vala, e minha casa ficava muito próxima à linha do trem. Sempre tinha risco de enchente”, disse.

Fonte: Jornal do Commercio – 19/11/2014