De acordo com as alterações, as famílias que foram contempladas com um imóvel do programa antes de 27 de agosto de 2012 vão passar a desembolsar a metade do valor

A presidente Dilma Rousseff divulgou, ontem, mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com as alterações, as famílias que foram contempladas com um imóvel do programa antes de 27 de agosto de 2012 e pagavam até hoje prestação que correspondia a 10% da renda familiar mensal vão passar a desembolsar a metade do valor a partir da próxima parcela.

Como os beneficiários do programa dividem as prestações dos imóveis adquiridos pelo programa  em até dez anos, a medida implica em desconto para as prestações que vão ser pagas até 2022. “Ao se reduzir o valor depagamento das parcelas, automaticamente aumenta o subsídio do governo”, confirmou o Ministério das Cidades, em nota. De 2009 a 2013, o governo federal desembolsou R$ 73,2 bilhões em subsídios para os empreendimentos da faixa 1.

Outros R$ 6,3 bilhões de subsídios foram destinados aos financiamentos imobiliários  da chamada faixa 2 (famílias que ganham entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil). Outra medida publicada, ontem, no Diário Oficial, atinge o Bolsa Estiagem.

Dilma desistiu de cortar a transferência de R$ 80 mensais aos agricultores que tiveram problemas com a seca de 2012, pagos por meio do cartão do Bolsa Família ou do Cartão Cidadão. Criada como uma ação emergencial em junho de 2012 , o auxílio deveria durar cinco meses, mas alcançará ao menos 30. Até agora, foram investidos cerca de R$ 1,7 bilhão no programa.

De acordo com dados de fevereiro deste ano divulgados pelo Portal Brasil, site oficial do governo, o custo mensal do programa era de R$ 95,1 milhões mensais para atender 1,3 milhão de pessoas. Se o número de atendidos continuar o mesmo, a benesse custará mais R$ 760 milhões de maio até dezembro.

 

Fonte: Correio 24 horas – 08/05/2014