Uma das maiores dúvidas de quem quer comprar a casa própria é saber se a situação financeira é compatível. A outra é saber quais os documentos exigidos para a aprovação de crédito e, no caso de trabalhador informal, como comprovar renda para financiar o imóvel. Especialistas garantem que nada disso é um “bicho de sete cabeças”. Só é preciso organizar os documentos e seguir algumas regras, entre elas a de não ter o nome sujo.
Rodrigo Ribas, gerente de Processamento de Vendas da Cury Construtora, explica que, para avaliar a capacidade de crédito do candidato, o agente financeiro analisa o estado civil, a idade, o cargo que ocupa e o tipo de renda – se é formal, com carteira assinada, ou informal.
– Com isso, são computados 30% da renda bruta, o que será equivalente à parcela máxima permitida para a contratação do financiamento. Neste caso, os 30% variam de acordo com o score (pontuação) do cliente no agente financeiro e oscilam de acordo com o perfil – disse ele.
Para passar sem problemas pela avaliação de crédito, no caso do trabalhador formal, um ponto a favor é ter mais de três anos de registro em carteira:
– Ter FGTS, além de ajudar a abater o saldo devedor, diminui em 0,5% a taxa de juros.
Outra dica para quem é trabalhador informal é declarar o Imposto de Renda do último ano de forma compatível com a renda apresentada.
– É possível compor renda com outra pessoa, desde que haja uma ligação familiar de até segundo grau ou uma relação estável – disse o gerente comercial da Direcional Engenharia, Rafael Barboza.
Foi assim que a cabeleireira Iris Rodrigues dos Santos, de 48 anos, sem renda formal, conseguiu realizar seu sonho.
Fonte: Jornal Extra – 13/08/2016