O Instituto Pereira Passos vai pôr as favelas no mapa digital da cidade. Mais que isso. Além das ruas e vielas, vai identificar pontos de interesse das comunidades, caso de lojas, pousadas, bares e restaurantes, clínicas, escolas, ONGs e espaços de esporte, cultura e lazer. O projeto é parceria com a Microsoft, que lançará os endereços no buscador Bing. O piloto começa agora, em Manguinhos, Vidigal e Maré.

A intenção é finalizar o georreferenciamento a tempo da Copa 2014, em junho. Na seqüência, outras comunidades serão inseridas no projeto. A intenção é lançar no mapa, até os Jogos 2016, os equipamentos de todas as comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora. Atualmente, o programa de UPPs, do governo fluminense, está em 28. O IPP, ligado à prefeitura, já identificou e checou logradouros de 26. Faltam a Rocinha e o Complexo do Lins. A Maré, que ainda não tem UPP, foi classificada por iniciativa de uma ONG local. A Redes da Maré vai treinar as equipes que vão trabalhar nas demais comunidades.

O trabalho é feito inteiramente por moradores. A metodologia de apuração e a seleção de pessoal está no início. O orçamento ainda não foi fechado.

É a cota mínima de empresas e serviços que terão de ser identificados no mapa digital de cada comunidade. O acesso aos endereços deve estimular oportunidades de negócios e turismo.

Fonte: Jornal O Globo – 07/03/2014