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A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou na sexta-feira, em evento com o prefeito Eduardo Paes, com a presidente Dilma Rousseff, com o governador em exercício Francisco Dornelles e com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman – o Estádio Aquático dos Jogos Rio 2016, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O equipamento será palco das disputas de natação, polo aquático e natação paralímpica. Antes dos jogos, o equipamento receberá – de 15 a 20 de abril – um dos eventos-teste mais importantes do calendário: o Troféu Maria Lenk, seletiva que definirá os nadadores que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos.

De 22 a 24, será a vez do teste de natação paralímpica; e de 25 a 29, o de polo aquático. O Estádio Aquático conta com duas piscinas, sendo uma para competições e outra para treinamento e aquecimento. Cada uma tem cerca de 3,7 milhões de litros de água, que durante o evento ficarão entre 25 e 28 graus, como pede a Federação Internacional de Natação. Um filtro especial reduz em 25% o uso de produtos químicos e elimina as impurezas da água.

“Construímos o Estádio e ele será transformado em dois equipamentos aquáticos após os Jogos. É uma estrutura simples, sem luxo e exagero. É possível fazer Jogos Olímpicos sem que isso signifique construir elefante branco. E estamos entregando obras no prazo e no custo e ainda um conjunto de intervenções que é transformadora da realidade da cidade. Dos R$ 31 bilhões que estão nas contas dos governos, R$ 24 bilhões são para obras de legado da cidade. As Olimpíadas do Rio estão prontas e vamos dar um show”, afirmou Paes, que também estava acompanhado do presidente da Empresa Olímpica Municipal, Joaquim Monteiro.

Exemplo

O novo estádio é considerado pela prefeitura um exemplo de soluções sustentáveis e da arquitetura nômade, que dá às estruturas provisórias um novo uso depois do evento. Após os Jogos, a estrutura temporária do Estádio Aquático será aproveitada dentro do mesmo conceito da Arena do Futuro, que será desmontada para a construção de quatro escolas municipais. O estádio será transformado em dois ginásios aquáticos, sendo um deles com uma piscina olímpica (50m) com cobertura e uma arquibancada com capacidade para 6 mil espectadores; e o outro, com uma piscina olímpica e uma arquibancada com capacidade para 3 mil pessoas.

“Daqui a 25 dias, a Tocha Olímpica vai chegar ao Brasil e vai passar por 329 cidades. Com ela a gente começa a ter consciência de como os Jogos Olímpicos estão próximos. Já foram entregues o handeball, as arenas, o IBC, o Parque Deodoro, todo o sistema de energia e muito pouco falta para ficar tudo pronto. Como aconteceu na Copa, temos a segurança em dia e isso significa que teremos Jogos com paz e tranquilidade, o que é muito importante para garantir que seja um evento em que as pessoas vão poder fazer o congraçamento pela paz, pela união dos povos, pelo diálogo e pela tolerância entre as diferenças”, disse a presidente. A preocupação com sustentabilidade e economia de energia é um dos destaques da construção do novo estádio.

Para climatizar artificialmente o equipamento esportivo seria necessário um sistema de refrigeração equivalente a 10 mil aparelhos de ar-condicionado caseiros, mas a prefeitura optou por uma solução que aproveitasse a ventilação natural e fez cerca de 15 mil furos nas estruturas pré-moldadas para orientar a circulação do ar. O posicionamento desses furos foi definido com base em cálculos matemáticos e na média das temperaturas na região no período das competições.

Ventilação cruzada

Essa solução também trouxe benefícios para os espectadores. Por causa da ventilação cruzada, a arquibancada envolve totalmente a piscina principal e a primeira fileira de espectadores ficará a apenas dez metros da piscina. “Diferentemente de todos os outros estádios olímpicos, este é só da natação, o que dá um espírito de um calor humano muito grande, com o público bem próximo. O atleta se dirige interiormente a uma referência e numa instalação como essa facilita principalmente as provas de velocidade. Quando o estádio é dividido com os saltos ornamentais, por exemplo, o nadador perde um pouco essa referência”, explicou Nuzman. Durante a cerimônia de apresentação do Estádio Aquático, o Ministério da Saúde entregou 136 novas ambulâncias para reforçar a assistência prestada aos torcedores durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A operação dos veículos será feita pelo governo do estado.

Fonte: Jornal do Commercio, 11/abr