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A redução dos custos condominiais é uma preocupação constante de moradores, síndicos e administradoras de conjuntos residenciais ou comerciais. Nesse sentido, a última investida do setor vem sendo trocar as prestadoras de manutenção de elevadores por uma empresa que oferece o serviço mais em conta e com mais eficiência.

Quem pesquisou e acabou optando pela troca, pode conseguir até 50% de economia com a nova empresa, segundo entrevistados. O caso do síndico José Cazone Neto, 47 anos, mudou a empresa em seu condomínio. “Geralmente as empresas de grande porte, as multinacionais, têm um custo muito elevado. Basta observar que o técnico, quando vem fazer um serviço, está sempre acompanhado de um motorista. As menores não! O técnico vem sozinho. Só com isso já é possível ter uma economia para quem contrata o serviço”, avalia.

Cazone Neto também comenta que a qualidade do serviço prestado melhorou depois da mudança de empresa. “O técnico da prestadora anterior precisava visitar o condomínio constantemente, porque sempre aparecia problema e o elevador precisava ser desligado. Não sei se eles ganhavam por visita, mas sempre davam a mesma desculpa, que não havia peça para terminar o serviço e, por isso, precisavam voltar. E, assim, não realizavam o serviço já durante a primeira visita.”

Ele diz que a questão das peças é outro grande problema enfrentado pelos síndicos. “Nós não somos técnicos e não sabemos o prazo de validade das peças nem quando elas precisam ser reparadas ou trocadas. Por este motivo, precisamos ter uma relação de confiança com a empresa que contratarmos.”

Transparência

O síndico afirma que, com a nova prestadora, conseguiu ter um mínimo de transparência na relação. “Ela me entregou um documento com a relação da vida útil de cada peça. Com isso, fica mais fácil controlar a manutenção.”

Há dois anos, o síndico Benedito Marcos Stender, 55 anos, que é administrador predial, também trocou a empresa que prestava serviço para o seu condomínio. Ele diz que o valor pago pelo serviço foi entre 10% e 15% mais barato.

Ele fechou um contrato de manutenção preventiva e corretiva e diz que o atendimento da nova empresa é muito melhor. “Nosso contrato anterior era com uma multinacional. Ela chegou a nos deixar esperando de dois a três dias para fazer um serviço, com o elevador ficou parado durante todo esse tempo.”

Stender comenta que as ordens de serviço diminuíram muito. Enquanto com a outra empresa eram em torno de 20 por ano, hoje chegam a três, diz. Ele também afirma que houve uma grande diferença no orçamento de um serviço que ele pediu para a prestadora anterior e a atual.

“A prestadora anterior queria cobrar R$ 36 mil para trocar os cabos dos dois elevadores do condomínio, enquanto a atual cobrou R$ 19 mil para fazer o mesmo serviço. Um verdadeiro absurdo.”

O síndico conta que, para não ser “enganado” pelos prestadores de serviço, sempre consulta um amigo que é técnico para saber se o que estão falando é real e necessário. “Também não aceito o primeiro orçamento que me passam.”

Novo contrato

Stender ainda afirma que, para economizar, fez um contrato que prevê a prestação de serviço e manutenção, sem a inclusão das peças necessárias, eventualmente, para uma troca.

“Por trabalhar com administração predial, eu sei onde as prestadoras compram as peças e vou lá comprar mais barato”, revela o síndico.

Ele cita algumas economias que já teria conseguido obter. “A primeira empresa, a prestadora de serviço anterior, havia feito um orçamento no valor de R$ 650 por uma peça, a atual, R$ 450. Consegui pagar R$ 300 na loja”,a firma.

O próximo passo, segundo ele, é trocar todo o maquinário dos elevadores, que têm 20 anos de uso. “Também planejamos modernizar o sistema.”

Fonte: O Estado de São Paulo – 16/10/2016