Edifício branco busca prêmio verde

O Museu do Amanhã acaba de se tornar o primeiro museu brasileiro a ser finalista do prêmio internacional Mipim na categoria “Edifício verde mais inovador”. A competição seleciona os mais notáveis projetos já construídos ou em fase de construção em todo o mundo, e a indicação se deve ao reconhecimento de várias características do prédio carioca, como a tecnologia de captação da energia solar e o uso das águas geladas do fundo da Baía de Guanabara no sistema de ar-condicionado. Os vencedores serão anunciados nesta quinta-feira, em uma cerimônia durante a feira Mipim, maior evento do mercado imobiliário do mundo, realizado em Cannes, na França.

– O Museu do Amanhã tem como missão despertar seus visitantes para a construção de um amanhã guiado pela ética da convivência e da sustentabilidade. Assim, adotar medidas de sustentabilidade foi uma diretriz desde o início de sua construção – comentou Hugo Barreto, secretário geral da Fundação Roberto Marinho, instituição responsável pela concepção do Museu do Amanhã.

Com 11 categorias, a edição 2017 da premiação selecionou projetos de 22 países, sendo quatro finalistas por categoria. O Museu do Amanhã concorre com a sede da Siemens, em Munique, o edifício residencial 119 Ebury Street, em Londres, e a fábrica da Värtan Bioenergy, em Estocolmo.

No ano passado, as diretrizes sustentáveis da instituição já haviam sido reconhecidas com o selo ouro da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em português), concedida pelo Green Building Council – principal instituição americana na chancela de edificações verdes. Foi o primeiro museu do país a obter este reconhecimento com o segundo mais alto dos quatro níveis de classificação.

Assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o museu tem uma estimativa de poupar, por ano, 9,6 milhões de litros de água e 2.400 megawatts/hora (MWh) de energia elétrica, o que seria suficiente para abastecer mais de 1.200 residências, por meio de seus recursos de sustentabilidade.

Fonte: O Globo – 12/03/2017