Mais do que escolher o imóvel dos sonhos, para garantir a segurança na comprar do bem, é importante estar atento a cada detalhe, principalmente na hora do financiamento.

Além disso, é preciso organizar o orçamento familiar para honrar com as prestações. E por falar nelas, fique atento ao contrato de parcelamento, pois é nele que consta como será correção do contrato, se pela tabela SAC (Sistema de Amortização Constante) ou pela Price (Sistema Francês de Amortização ou TP).

Na modalidade SAC, as parcelas são decrescentes, ou seja, vão diminuindo até o fim do financiamento. Esta é a mais procurada e usada nos contratos imobiliários. Já na Price, o valor da prestação começa menor e vai aumentando conforme o contrato, já que há incidência de juros sobre o saldo devedor. A Caixa Ec o n ô mic a Fe d e r a l , por exemplo, estimula a contratação pela tabela SAC.

O superintendente da instituição no Rio, José Domingos Martins, acredita que se a prestação começa mais elevada e o cliente consegue absorver, significa que ele vai manter o pagamento de todas as prestações caso haja algum problema, como perda de emprego e diminuição da renda familiar. Segundo o diretor da Estrutura Consultoria, Bruno Teodoro, cabe ao cliente escolher o melhor sistema. Por isso, é fundamental estar informado e tirar todas as dúvidas antes de fechar o negócio com o banco.

“Explicamos as diferenças entre as duas modalidades para que o cliente não tenha dúvidas. Nem todos os bancos trabalham com a Price, enquanto a maioria opta pela tabela SAC”, explica Teodoro.

Entrada sobe de 5% para 20%

Para quem opta pela tabela Price, o percentual mínimo de entrada para financiar com recursos do Fundo de Garanta do Tempo de Serviço (FGTS) aumentou de 5% para 20%. Segundo o Ministério das Cidades, a mudança é válida para todos os bancos que operam no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A alteração não é específica para o Minha Casa, Minha Vida, embora ele esteja incluído, já que o programa usa recursos do FGTS.

Vale ressaltar que as regras são válidas para famílias com renda mensal de R$ 5.400. As taxas de juros de 5% continuam para quem tem renda de até R$3.275 e 6% para renda superior.

 

Fonte: O Dia, Cristiane Campos – 13/07/2014