cadeg barra

Escondido nos fundos do Uptown, centro comercial na Avenida Ayrton Senna, está em obras um galpão de dois andares (sendo um deles um jirau) de cerca de 6.500 metros quadrados. Este espaço isolado pode em breve se tornar um ponto de referência para os moradores da região. Ali deve se desenvolver a versão da Barra da Tijuca do Cadeg, mercado distribuidor de todo tipo de comida e bebida em Benfica, que ganhou popularidade graças à sua oferta de restaurantes de alta qualidade com preços em conta. O responsável pela empreitada é Schalom Grimberg, dono do Uptown. Ele afirma que a ideia é atrair produtores de segmentos diversos para o centro de compras inaugurado no fim do ano passado, com pegada popular:

– Viajo muito e via sempre estes mercados em Barcelona, Portugal e São Paulo, onde recentemente abriu o Eataly (mercado inspirado no homônimo nova-iorquino). Aqui tem o Cadeg, a Cobal. Cada um característico da sua região. Decidi fazer algo assim na Barra, com peixaria, hortifrúti, açougue.

A busca pela “característica da Barra” levou o empresário a atrair um peso-pesado: o espanhol La Plancha e a peixaria de Dona Rosa, proprietária do restaurante, que está fora de operação no momento, vão para o novo mercado de produtores assim que ele for inaugurado, provavelmente em setembro.

– Estamos vendo este como um espaço melhor, com mais futuro – avalia Luis Gonzalez Júnior, um dos donos do restaurante. – O local no qual o La Plancha estava ficou muito decadente em termos de ambiente.

Pelo projeto, o restaurante ocupará parte do andar térreo e terá uma sobreloja. O desenho do espaço foi todo inspirado no Mercado da Ribeira, em Lisboa. Além do La Plancha, haverá pelo menos mais um restaurante de grande porte e um bar. No centro do galpão ficarão dezenas de tendas de produtos gastronômicos. No andar superior, há espaço para a montagem de lojas. E, do lado de fora do galpão, uma área reservada para mesas e cadeiras.

– O conceito é comprar o produto fresco e consumi-lo ali mesmo. Já estamos com quatro peixarias garantidas e temos mais algumas nos procurando, mas queremos diversidade. Temos negociação para botar uma tenda de cervejas artesanais, outra de vinhos, uma delicatessen e uma loja de doces – diz Grimberg.

Originalmente, o galpão teria um andar e o jirau. As marcas da expansão antes mesmo da inauguração ainda estão nas paredes, com a mudança do local das vigas. Grimberg explica a alteração do projeto:

– Mesmo com a economia do jeito que está, a Barra cresce. Não dá para pensar pequeno no bairro.

Fonte: Jornal o Globo – Barra – 16/06/2016