Os grandes bancos estão reduzindo as taxas de juros em pelo menos uma área de atuação, no crédito para casa própria, mesmo às custas da margem da operação. A tendência mostra a força da competição no setor, prioridade das instituições financeiras. Em um período cm que a taxa básica de juros saiu de 7,25% em abril de 2013 para 10,5% em janeiro de 2014, Banco do Brasil, Bradesco e Santander reduziram a taxa média cobrada no crédito imobiliário.

A Caixa e o !taú Unibanco elevaram o custo para o tornador, mas em proporção menor que o aumento da Selic, segundo dados do Banco Central. Em 2013,0 crédito imobiliário cresceu mais que o dobro do que esperava a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, e muito acima das demais modalidades de empréstimo à pessoa física.

No ano passado, foram desembolsados RS 109;2 bilhões em financiamentos imobiliários com recursos da poupança, volume recorde desde o inicio do Plano Real. Na comparação icom 2012, cresceu 32%. Página Cl0 Crédito imobiliário ignora alta da Selic Felipe Marques De San Paulo Os grandes bancos estão poupando o tomador de um aumento de juros no crédito para casa própria, mesmo às custas da margem da operação.

Longe de ser um gesto de caridade, mostra a força da competição na linha, prioridade no portfólio das instituições financeiras. Em um período em que a taxa básica de juros saiu de 7,25% em abril de 2013 para 10,5% ao ano em janeiro de 2014, Banco do Brasil, Bradesco c Santander reduziram a taxa média cobrada no crédito imobiliário.

Já Caixa Econômica co Itati Unibanco a elevaram em proporção menor que o aumento da Selic. Os dados sat) do site do Banco Central. No Bradesco, a taxa em dezembro de 2012 era de 9,37% ao ano, e caiu para 8,52%. No Santander foi de 8,69% para 8,43%. E no BB, de 7,89% para 7%.

No crédito imobiliário, pode até ser que os bancos tenham deixado de repassar ao tomador um eventual aumento do exist° d e captação”, afirma Octavio de Lazari, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em evento realizado ontem.

“Mas o spread dessa operação sempre km muito baixo e seu resultado está muito mais ligado à capacidade de construir um relacionamento com cliente, para venda cruzada de nutios produtos”, diz. lazari pondera que, embora a operação tenha baixa inadimplência, o empréstimo imobiliário tem um alto custo de originação da operação. Afirma também que vê pouco espaço para outros au men – tos nas taxas dessas operações ao longo de 2014. “A concorrência pelo produto segue muito acirrada”, diz. A projeção da associação é que os desembolsos de crédito imobiliário com recursos da poupança cresçam 15% em 2014. Em 20131 o crédito imobiliário avançou mais que o dobro do que esperava a Abecip, bem acima das demais linhas de empréstimo para pessoa (bica. No ano passado, foram desembolsados RS 1092 bilhões em financiamentos imobiliários com recursos da poupança, volume recorde na modalidade desde o início do Mano Real. Na comparação com 2012, o volume cresceu 32%, longe da projeção inicial de 15%.

Em 2012, a expansão havia sido de apenas 3,6%. As construtoras desaguaram em 2013 muito dos imóveis e projetos que foram represados em 2012, o que não deve se repetir neste ano”, afirma Wait Para ele, com menos lançamentos sendo entregues em 2014, a pessoa fbica não deve crescer de forma tão acentuada neste ano.

Em 2013, foram desembolsados RS 76,9 bilhões em crédito para aquisição de imóveis, um avanço de 41% ante o ano anterior. Em 2012.

O crescimento foi de 22%. já os recursos destinados à construção somaram RS 322 milhões, com avanço de 15%, depois de fechar 2012 em queda de 20%. “As incorporadoras voltaram a buscar crédito”, diz o executivo.

Fonte: Valor Econômico – 22/01/2014