O primeiro trem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entrará em fase de testes a partir desta semana. A composição, com 44 metros de comprimento e oito portas laterais, foi apresentada ontem e ficará baseada ao lado do Terminal Padre Henrique Otte, no Santo Cristo. Até o fim do ano, outras quatro composições serão entregues. Todo sistema entrará em funcionamento em abril de 2016.

Os testes serão divididos em duas etapas: estática e dinâmica. A primeira fase deve durar até quatro meses. “Será uma bateria de testes. Vamos avaliar desde a parte elétrica até o sistema de frenagem e aceleração”, explicou Jorge Arraes, secretário de Projetos Estratégicos e Concessões de Serviços Públicos e Parcerias Público Privadas do Rio. A segunda fase está prevista para o fim do ano e será realizada durante a viagem nos trilhos.

A frota do VLT contará com 32 veículos. Cinco deles foram produzidos na França. E o restante, em São Paulo. Todo o novo sistema de transportes custará R$ 1,157 bilhão para ser implementado, sendo R$ 532 milhões de recursos federais e o restante por meio de Parceria Público Privada (PPP). Cada trem tem capacidade para 420 passageiros.

A velocidade média do transporte será de 15 quilômetros por hora. No entanto, os intervalos de viagem estão estimados em três minutos nos horários de pico. “De todas as intervenções de mobilidade, o VLT é o mais importante. Ele integra todos os modais dos BRTs, barcas, trem e metrô. É uma libertação para o Centro e vamos retirar essa confusão enorme de ônibus na cidade”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, que apresentou ontem, a primeira composição.

Conforme O DIA divulgou na semana passada, dez paradas do VLT foram cortadas do projeto. Em vez de 42 pontos, serão 32. O sistema vai operar em dois eixos: um conectando a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, e outro, a Central do Brasil à Praça 15.

Paes prevê integração com bondes

Durante a apresentação da primeira composição do VLT, o prefeito Eduardo Paes manifestou interesse de municipalizar os bondes de Santa Teresa e integrálos ao novo sistema de transporte do Centro. “É natural que o bonde seja municipalizado. Acho até que ele pode ser incorporado a essa rede do VLT”, apontou o prefeito, que descartou assumir as obras dos bondes.

O sistema de pagamento de passagem do VLT será apenas pelos validadores, localizados no interior dos trens. Não haverá catracas e cobradores. “Se as pessoas não pagarem, quem vai pagar é a própria população, pois a prefeitura vai ter que arcar com essa conta”, apontou Paes. O valor da tarifa ainda está sendo analisado.

 

Fonte: O Dia – 06/07/2015