As bicicletas estão se multiplicando – e ocupando cada vez mais espaço nos condomínios. Os prédios precisam, então, se adaptar para que elas não prejudiquem a circulação de moradores e carros, além de ficarem bem guardadas. Sérgio Mol, de 69 anos, síndico do condomínio Regina, no Flamengo, planeja aumentar a capacidade do bicicletário:

 

– De repente, todo mundo tem bicicleta. Então, temos que arranjar onde colocar.
A demanda por uma vaga no bicicletário é alta. Síndica do condomínio Estrela da Serra, na Glória, Maria do Socorro de Mesquita, de 67 anos, conta que é comum novos moradores perguntarem se há local para guardar as bikes.
– Acho importante ter um bicicletário. Tanto que o (nosso) espaço já ficou pequeno.
Enquanto em São Paulo existe uma lei que determina tamanho mínimo, medidas e até localização dos bicicletários, no Rio, como não há nada que disponha sobre o tema, as regras devem constar da convenção ou do regulamento interno dos condomínios que queiram se adaptar a essa necessidade dos moradores.
– Se não houver nada e a maioria dos moradores entender que deve ser instalado (um bicicletário), os condôminos devem se reunir em assembleia e 2/3 deles têm que votar a favor da mudança da convenção – diz Marcelo Tapai, advogado especialista em Direito Imobiliário e presidente do Comitê de Habitação da OAB SP.
Ao perceber a nova demanda, as construtoras têm se antecipado.
– As construtoras, por iniciativa própria, colocam bicicletário nos (prédios) residenciais. O mercado tem se preocupado em criar tomadas para carregar bicicletas elétricas – diz João Paulo Matos, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) Rio.
Fonte: Jornal Extra – 02/11/2014