Está longe de populismo a iniciativa da Prefeitura do Rio de erguer 10 mil residências de interesse social na revitalizada Zona Portuária. Em uma cidade que conheceu as perversas consequências da gentrificação, a medida da Secretaria Municipal de Habitação é garantia de transformação urbana com manutenção de direitos de quem mora na cidade.

Procura-se evitar, como o Dia mostrou sábado, o que se verificou nas favelas com UPP: uma brutal valorização imobiliários que acabou expulsando moradores. Não há dúvidas de que a Zona Portuária, ao fim das obras, será um bairro vistoso, de perfil variado e diversas construções. Natural que o preço das moradias sofra ajustes. Mas não a ponto de tornar impraticável a permanência dos mais antigos.

A prefeitura conta com o apoio do Minha Casa, Minha Vida para assegurar a permanência dos moradores. Espera-se que o acordo com o governo saia, até por uma questão de justiça: transformar e excluir não combinam na mesma frase.

 

Fonte: O Dia – 24/08/2015