Os trabalhadores que têm contas ativas e inativas do FGTS vão receber metade dos rendimentos que o fundo teve no ano passado. O crédito de 50% do lucro obtido em 2016 será depositado até o dia 31 de agosto deste ano. O cálculo será feito sobre o saldo das contas em 31 de dezembro. A data para o crédito será definida assim que o governo apurar o rendimento que o fundo teve no exercício 2016, informou o Ministério do Trabalho. Em 2015, o lucro total do fundo foi de R$ 13,3 bilhões.

Conforme a pasta, o FGTS tem cerca de 259 milhões de contas com valor total de R$398 bilhões, conforme números do fim do ano passado. A diferença da rentabilidade do FGTS será somada à remuneração anual que o fundo tem e é repassada aos trabalhadores que possuem contas vinculadas. De acordo com a regra atual que remunera o saldo do fundo, os valores são corrigidos por juros de 3% ao ano mais Taxa de Referência (TR).

Somente no ano passado, os saldos das contas do FGTS foram reajustados em 5,01%. O objetivo do governo em repassar 50% do rendimento do fundo para os trabalhadores é tornar o FGTS mais atraente, em relação a outras aplicações. A expectativa é de que a correção do Fundo de Garantia chegue perto da caderneta de poupança, que registrou rendimento de 8,30% em 2016.

A ideia é que o FGTS deixe perder também para a variação da inflação oficial (IPCA) que elevou os preços em 6,39% no mesmo período. Nos últimos 17 anos, o FGTS acumulou perdas de quase 40% frente ao IPCA.

SAQUE DE CONTA INATIVA

A permissão de repassar metade do rendimento do FGTS consta na Medida Provisória 763, a mesma MP que foi anunciada pelo presidente Michel Temer no fim do ano passado e liberou os saques de recursos das contas inativas do FGTS, que estão sem movimentação até 31 de dezembro de 2015. As retiradas dos recursos da das contas inativas do FGTS começaram no dia 10 de março para os trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. A próxima leva que vai receber é o pessoal que nasceu nos meses de março, abril e maio a partir do próximo dia 10 de abril.

Fonte: O Dia – 28/03/2017