Futuros mutuários já podem acessar o simulador da Caixa Econômica que traz o novo teto de financiamento com recursos do FGTS e juros mais baixos. Simulação feita pelo GLOBO no site do banco para um imóvel residencial usado no Rio de Janeiro com valor de R$ 750 mil (este é o novo teto para no Rio, em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal) mostra que um mutuário com cerca de 35 anos e renda familiar bruta de R$ 20 mil pagará, em um prazo de 420 meses (35 anos), uma primeira prestação de R$ 5.157,58 e a última de R$ 1.343,25, após uma entrada de R$ 200 mil.

Foi escolhido um financiamento realizado pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) — com prestações que começam mais altas e caem — para o qual o índice atinge 90% do valor de avaliação. Os juros efetivos ficariam em 8,3% ao ano acrescido de TR (Taxa Referencial). Antes da mudança, o valor teto do imóvel para uso do Fundo e enquadramento no SFH era de R$ 500 mil. Pelas regras antigas, os juros eram de 8,6% ao ano.

Em outra simulação para compra de um imóvel de R$ 600 mil para uma família com renda familiar de R$ 10 mil mensais e uma entrada de R$ 297.739.97, também usando o SAC como sistema de amortização, a primeira prestação seria de R$ 2.860,33. Já a última, de R$ 749,47, no mesmo prazo. Neste caso, os juros também são de 8,3% acrescido da TR.

Caso a renda familiar bruta fosse de R$ 15 mil mensais, o valor da entrada cairia para R$ 142.872,49. Nesse caso, a primeira parcela seria de R$ 4.289,08, e o mutuário encerraria o financiamento pagando uma parcela de R$ 1.120,66. Para todos os casos, foi considerado um mutuário que já tem relacionamento com o banco e que utiliza o Caixa Seguros, além de ter três anos de trabalho sob regime do FGTS.

Na resolução que estabeleceu o novo teto para financiamentos com recursos do FGTS, o Banco Central (BC) tornou mais rígida a avaliação de risco no crédito imobiliário e determinou que todos os bancos consultem seu banco de dados para checar a renda disponível do cliente ao longo do tempo, se ele tem outros empréstimos com outras instituições, levando-se em conta a necessidade de garantir uma renda mínima para sobreviver.

Fonte: Jornal O Globo – 04/10/2013