Modal mais barato que o metrô e com construção mais veloz, o BRT vai integrar a Região Metropolitana do Rio. Pelo menos esse é o plano do secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio. O projeto – otimista, segundo ele mesmo – é fazer quatro corredores na Baixada (na Via Light, na Rodovia Presidente Dutra, na Rodovia Washington Luís e na futura Transbaixada) e dois no Leste Fluminense (no trajeto que antes seria da Linha 3 do metrô e na RJ-104, a Niterói-Manilha).

O projeto está em estudo e faz parte do Plano Diretor de Transporte Urbano do estado, que será apresentado hoje aos secretários dos municípios da Região Metropolitana. Ontem, Osorio falou sobre ele no seminário “Rio Metropolitano: desafios compartilhados”, em Nova Iguaçu, na Baixada.

– O objetivo é que o estado faça o papel de integrar os municípios. Na Baixada, a espinha dorsal do sistema de transporte é o trem. Estamos investindo em composições novas e na renovação da via férrea. Os BRTs vão complementar a rede – explicou o secretário.

No evento, a diretora de Mobilidade Urbana da Fetranspor, Richele Cabral, disse que o projeto da federação incluiu BRTs na Ponte Rio Niterói, no Arco Metropolitano, na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106) e na BR-101:

– Um ônibus articulado tira três normais de circulação.

Os palestrantes lembraram que é preciso parar de priorizar o transporte individual.

– Houve aumento de 20% na taxa de motorização em cinco anos. Isso afeta o meio ambiente e a saúde pública. É preciso investir em transporte público, e isso não pode virar somente uma questão política – afirmou Clarisse Linke, diretora do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento.

Para o especialista em Competitividade Industrial e Investimentos do Sistema Firjan, Riley Rodrigues, a solução para a mobilidade urbana vai muito além:

– Ela passa pelo reordenamento da Região Metropolitana, com melhor distribuição de funções urbanas, como emprego, saúde, educação, entre outras.

 

Fonte: Extra – 14/05/2015