A palavra portabilidade se tornou bastante conhecida de todo brasileiro quando o setor de telefonia passou a permitir que o cliente migrasse para um empresa para outra mantendo o número do celular ou da linha fixa. E agora a tal da portabilidade chega também ao crédito, incluindo os financiamentos imobiliários. Mas, na prática, qual mudança a nova regra traz para quem já paga as prestações da casa própria?

O mutuário passa a ter o poder de escolher mesmo depois que o financiamento já estiver em vigor, fazendo com que as instituições bancárias ofereçam juros menores para fidelizar os clientes. E isso vale também para os financiamentos de imóveis que usam recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Especialistas apostam que as instituições financeiras vão buscar uma fatia maior deste mercado para ampliar suas carteiras de produtos em cima dos mutuários. Presidente do Canal do Crédito, Marcelo Prata diz or que acredita que o setor imobiliário será a menina dos olhos das novas regras da portabilidade: “O comprador de imóveis está numa situação diferente daquele que está em um empréstimo comum, pois é uma pessoa financeiramente saudável.”

São clientes como a confeiteira Elisângela Monteiro, de 42 anos, que atraem os bancos. Ela atualmente mora em Bangu e financia a casa pela Caixa Econômica Federal, mas está disposta a mudar de banco se encontrar juros mais ‘camaradas’ do que os que paga atualmente. “Caso oferecessem juros mais baixos, eu faria a portabilidade. Mesmo pagando a taxa mais baixa, a prestação pesa no orçamento”, afirma a mutuária.

 

Fonte: Jornal Meia Hora – 08/05/2014