Os 1,5 milhão de moradores de Deodoro e seu entorno, incluindo pelo menos nove bairros e três municípios vizinhos, serão contempladas com centros de esportes, áreas de convivência e de serviços sociais nos 490 mil metros quadrados do complexo que está em construção no local para os Jogos de 2016. O projeto para a gestão do legado olímpico foi apresentado ontem pelo secretário executivo de Governo, Pedro Paulo Carvalho, que garantiu que, dessa vez, não será deixado elefante branco algum, como no Pan-Americano de 2007.

“Essa será a Olimpíada do legado, será o evento que causará a transformação na cidade do Rio de Janeiro”, afirmou o secretário.

O Complexo Esportivo de Deodoro será o segundo maior local de competições dos Jogos, com a disputa de 11 modalidades olímpicas e quatro paralímpicas. Após 2016, o Parque Radical, como também é chamado, será dividido em cinco setores com opções de recreação e prática esportiva – incluindo uma ciclovia.

No setor 1, uma grande piscina será feita para a população no local onde fica a estrutura das provas de canoagem slalom. O setor 2 será o mais dedicado à natureza, com trilhas ecológicas, equipamentos de ginástica. Já o setor 3 será o ponto de encontro das famílias, com churrasqueiras e espaços para eventos. Uma ciclovia, uma pista de skate e uma pista de BMX para iniciantes farão parte do setor 4 do Parque Radical. Voltado para o cidadão, o setor 5 ofertará serviços para a comunidade. A intenção é instalar no local uma Nave do Conhecimento, uma Clínica da Família e equipamentos de educação ambiental.

Para a manutenção dos legados deixados pela Olimpíada, incluindo também o Parque Olímpico, em Jacarepaguá, que é a maior área de competição, a prefeitura traçou um plano para criar uma governança independente para as unidades. O grupo teria participação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), prefeitura e a iniciativa privada. Umas das possibilidades de gerar renda para manter os locais é, além de patrocínio, criar eventos, alugar instalações esportivas e espaço para lojas e instituições educacionais privadas. “Essa será a Olimpíada do legado. Será o evento que causará a transformação” “Será um projeto que une o útil ao agradável. É o esporte, com projetos sociais”

Uso misto na Barra da Tijuca

O Parque Olímpico, que está localizado em uma área de 1,18 milhão de metros quadrados em Jacarepaguá, terá 60% de seu terreno transformados em áreas públicas e 40% destinados a empreendimentos residenciais e comerciais. Das nove instalações esportivas do local, sete serão mantidas após 2016: Arenas Cariocas 1, 2 e 3, Parque Aquático Maria Lenk, Arena Rio, Velódromo e Centro de Tênis. Após os jogos, uma pista de atletismo, duas quadras de vôlei de praia e um alojamento para atletas serão construídos no local. A ideia é que o espaço seja compartilhado entre centros de treinamento de atletas de alto rendimento, instituições educacionais, áreas de lazer.

A Arena 3 do Parque Olímpico – que vai abrigar as competições de taekwondo, esgrima e judô paralímpico – é u m dos destaques da proposta. Ela vai ser transformada em um Ginásio Experimental Olímpico (GEO) para 850 alunos da Educação Fundamental, em horário integral. Os estudantes terão estrutura para a prática esportiva de 10 modalidades.

A Arena 2 vai servir de centro de treinamento para atletas de alto rendimento. Já a Arena 1 terá utilização híbrida, com eventos culturais, esportivos e também área de treinamento de atletas.

 

Fonte: O Dia – 30/07/2015