modernidade

Regiões industriais da cidade de Nova York dos anos 60 foram transformadas em opções acessíveis de moradia a partir da reciclagem de suas antigas fábricas. As unidades improvisadas foram, em muitos casos, ocupados por artistas, que rapidamente conferiram estilo à nova forma de morar. Na década seguinte, esses espaços adaptados, sem paredes e divisões internas, virariam sinônimo de sofisticação e se espalhariam para o resto do mundo, principalmente através do cinema. Hoje, sem adaptações e improvisos, os lofts se tornaram uma alternativa aos imóveis convencionais cheia de estilo, valorizada principalmente por pessoas que buscam praticidade. Em Niterói, o conceito arrojado ganha espaço na Região Oceânica, criando uma interessante conjunção entre modernidade e belezas naturais.

Apesar da influência americana, os lofts contemporâneos passam longe das adaptações de galpões e já ganharam até o status de moradia com estilo e personalidade. Um imóvel mais descontraído, sem formalidades e compromisso com normas, segundo o arquiteto Bruno Madeira, que ressalta a funcionalidade desse tipo de unidade. “O formato favorece a iluminação natural e circulação de ar, o que também gera economia de energia. A manutenção é mais simples que nos imóveis comuns, uma vez que os ambientes se integram, o trabalho consequentemente diminui”, afirma Madeira.

De Nova York para Região Oceânica de Niterói, o formato moderno dos lofts, que antes eram raros na cidade, já são oferecidos como opção para quem busca uma alternativa moderna sem abrir mão do contato com a natureza. Um lançamento pioneiro que aposta em um público que não quer um apartamento formal, segundo o diretor comercial da Brasil Brokers Niterói, Roberto Marinho.

“Com um tamanho em torno de 40 metros quadrados, área de lazer completa e pé-direito alto, os preços desses apartamentos, com toda infraestrutura, estão hoje a partir de R$ 400 mil. São os primeiros lofts construídos na Região Oceânica de Niterói, voltados principalmente aos que buscam uma possibilidade diferente e arrojada de moradia que, independente de quem for morar, têm sempre uma atmosfera jovem e descontraída”, ressalta Marinho.

Tendo em vista o crescimento da localidade, a intenção do lançamento diferenciado também é inovar os tipos de unidades oferecidas na Região Oceânica. Segundo Roberto, apesar de inéditos, esses imóveis vão de encontro ao perfil de demanda para a região, que frequentemente está em busca de maior qualidade de vida.

“Mesmo com cara de jovem, é um tipo de imóvel que, pelo formato e localização, atende vários perfis de público e com variadas finalidades. Desde pessoas que estão começando a vida, recém-casados, casais idosos, estudantes, pessoas que querem um local para passar os fins de semana ou usar para veraneio, solteiros e investidores que contam com a valorização cada vez maior na região”, ressalta Roberto.

Piratininga é o endereço ideal para um público que está à procura de uma forma inovadora de moradia, mas que preza a qualidade de vida, de acordo com André Mendes, vice-presidente da CEU Engenharia. Segundo ele, em pleno desenvolvimento, o bairro conta com mobilidade, levando em conta a construção da Transoceânica, e boas ofertas de comércios e serviços.

“Hoje as pessoas buscam uma maior praticidade para viver. Um imóvel que seja charmoso, mas fácil para o proprietário cuidar, além de áreas comuns que atendam a várias necessidades, como lavanderia, bicicletário, entre outros. O loft é justamente a opção que faltava na região. Um estilo de vida cada vez mais cobiçado, perfeito para viver, trabalhar, se divertir e relaxar na praia”, explica Mendes.

Espaço

A sensação de ambientes separados é substituída pela integração, segundo o arquiteto Marcelo de Souza Moura, que indica os lofts principalmente para pessoas que com frequência usam todos os cômodos de casa. “São unidades que atendem bem a pessoas que realizam muitas atividades em casa – como receber, cozinhar, comer e trabalhar – pela praticidade da integração dos ambientes”, explica Moura.

Apesar do apelo moderno, a decoração dos lofts não tem regra específica e fica sempre adequada à personalidade do morador, segundo Marcelo.

“Para esse tipo de imóvel recomendo apenas cautela, por se tratar de um espaço muito aberto, mas ao mesmo tempo privado. Não existe uma receita para decoração de lofts, mas a maioria das pessoas que buscam esses imóveis sempre imprimem muita personalidade em tudo”, afirma o arquiteto.

Morador de um loft, o economista Rodrigo Viegas, 32 anos, acredita que esse tipo de imóvel tem um melhor aproveitamento do espaço e é espacialmente indicado para quem mora sozinho, como ele. “O loft consegue resumir e integrar os espaços relevantes que um apartamento precisa. Uma boa solução nos dias de hoje, onde o metro quadrado está muito valorizado. A ideia é tornar tudo o mais eficiente possível. Além disso, a eliminação das paredes faz com que o apartamento ganhe amplitude, ou seja, um loft sempre parece bem maior que um apartamento tradicional, mesmo que seja do mesmo tamanho”, conclui o economista.