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Construir uma casa aliando rapidez, ganho de espaço, durabilidade e, ainda por cima, contribuir com a preservação do meio ambiente parece uma tarefa difícil, mas é possível no método de construção seca. Considerada a melhor opção em resistência, a técnica é bastante utilizada nos Estados Unidos e em países da Europa, lugares que possuem uma grande incidência de terremotos, maremotos e furacões.

Com o objetivo de eliminar ou diminuir o uso de água durante as obras, o sistema está deixando de ser uma opção somente para empresas e vem conquistando também os consumidores finais. Afinal, gera menos resíduos e, consequentemente, o impacto ambiental é menor. “Na obra seca, existe uma redução do lixo em aproximadamente 60% se comparado a uma convencional”, explicam os especialistas de uma empresa especializada em construção civil, localizada em São José do Rio Preto (SP).

Ao contrário de uma obra normal, as paredes têm os tijolos e argamassas substituídos por gesso acartonado com estruturas de alumínios, chamados de drywall, que significa parede seca. Este sistema dispensa o uso de água na produção e instalação. A espessura da parede depende de cada projeto e, segundo a construtora, o conforto térmico e acústico é melhor do que na alvenaria.

Os pisos são colocados por um sistema elevado, que é composto por suportes metálicos e ajustáveis onde são encaixados. Sem corte ou geração de entulho, as instalações de tubulações e fiações elétricas correm entre painéis ou dentro de septos verticais de blocos. Outros materiais geralmente utilizados são vidros, painéis de plásticos e de ACM, que são chapas externas de alumínio, geralmente existentes em fachadas.

Economia no bolso e redução no prazo de execução foram fatores-chave para que o gerente de obras Geraldo Cesta optasse por este tipo de construção. “Além de ter pago entre 10% e 15% a menos se comparado às formas tradicionais, existe a modernidade e praticidade do sistema, que dispensa a mão-de-obra artesanal e confere padronização”, conclui.

Vantagens e desvantagens

O tempo de construção e o preço variam conforme as características de cada projeto, porém, de acordo com a empresa, a produção é mais rápida se for comparada com os sistemas convencionais. Outra vantagem é que, durante o inverno, as residências construídas com este método conseguem reter mais calor dentro da edificação, o que promove uma dissipação da temperatura.

Por outro lado, os custos e o desconhecimento por parte da população podem prejudicar a aplicação. O preço, segundo uma empresa de Sorocaba (SP) especializada na construção seca, é calculado por metros quadrados e depende muito do acabamento que a obra terá. “A metragem custa a partir de R$ 1.200, porém, pode chegar a qualquer valor, já que é de acordo com o projeto”, comenta o vendedor Juliano Honório.

Casas com sobrados têm seus valores encarecidos, mas não por conta do material utilizado e, sim, pela mão-de-obra, porque necessitará de andaime e guincho.

Fonte: G1 – 06/07/2016