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Pegando carona nos Jogos Paralímpicos, o tema acessibilidade nos empreendimentos imobiliários ganha cada vez mais destaque. Os condomínios do programa Minha Casa, Minha Vida também estão incluídos neste caminho. A Vila dos Atletas, batizada de Ilha Pura, por exemplo, foi concebida para que oferecesse acessibilidade plena a quem tem alguma deficiência.

O empreendimento conta com 31 edifícios com apartamentos de dois até quatro quartos adaptados para garantir a inclusão. Entre os diferenciais de acessibilidade estão portas mais largas, que têm 80 centímetros de largura, enquanto o padrão da construção imobiliária é de 70 centímetros; chuveiros mais altos, com 2,20 metros de altura; banheiros adaptados; amplos corredores, com 90 centímetros de largura (10 centímetros a mais do que o padrão); sinalização em braile e avisos sonoros nos elevadores que, por sua vez, também são maiores e têm a capacidade de receber até duas cadeiras de rodas simultaneamente.

Além disso, todo o complexo foi projetado para atender às pessoas com deficiência. Há rampas de acesso nos condomínios, nas piscinas e também no parque.

Já a Even oferece em alguns de seus empreendimentos, como Caminhos da Barra, unidades acessíveis. “Precisamos fazer alterações na planta. Abrimos o segundo quarto e ampliamos o banheiro, garantindo que um cadeirante pudesse circular. Também trocamos peças sanitárias. Todas as circulações e vãos de porta foram aumentados, para garantir a mobilidade. E a cozinha também foi alterada, garantindo que o cliente consiga usála forma plena”, explica Ana Paula Samico, da construtora.

Segundo dados de agosto de 2015 do IBGE, 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Por isso, o tema precisa ser tratado com prioridade.

Áreas comuns estão incluídas

Nos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida o tema acessibilidade já está incluído desde que o programa habitacional do governo foi criado em 2009. A modalidade beneficia famílias com renda de até R$6.500.

Os condomínios que se enquadram na faixa I têm que ser 100% neste conceito. Já os projetos nas faixas II e III têm que destinar 3% das unidades para este público, e a área comum tem que ser adaptável.

“Hoje, é difícil aprovar um projeto imobiliário que não tenha acessibilidade nas áreas comuns. Nos outros programas de financiamento da Caixa Econômica, o banco exige que 100% da área comum seja adaptável”, explica Mariliza Fontes Pereira, diretora da Mdoito, empresa focada na gestão de incorporação.

Segundo ela, a norma de acessibilidade já existia, mas não era colocada em prática. Mariliza lembra que a melhor idade também tem preferência nestas unidades.

FOnte: Jornal Meia Hora – 15/09/2016