1 –  Não fazer manutenção preventiva: “Realizar manutenções periódicas no imóvel é fundamental para garantir o bom estado de conservação, segurança e, consequentemente, valorizar o patrimônio”, afirma a arquiteta Érica Salguero. Segundo ela, um erro grave dos proprietários é deixar de dar atenção para os componentes que não ficam aparentes, como é caso das instalações elétrica e hidráulica. Tal descuido pode ocasionar sobrecargas, curtos-circuitos e vazamentos que, por sua vez, tendem a causar danos ainda maiores. A recomendação é inspecionar tais sistemas, pelo menos, a cada dez anos.

2 – Mudanças drásticas na planta original: para ser mais vendável, o imóvel deve ter o mesmo número de dormitórios e suítes indicados em sua planta original. Dessa forma, tende a atender a um público maior de compradores. “Quando se faz uma grande reforma e as características originais são muito modificadas, alguns ajustes podem não ser adequados às necessidades de um novo morador, que terá que reverter o que foi feito”, explica o arquiteto Marcelo Rosset.

3 – Mudar para cozinha americana: se você tem planos de vender sua casa ou apartamento, pense duas vezes antes de transformar sua cozinha tradicional em uma do tipo americana ou integrada. Segundo a arquiteta Érica Salguero, esse modelo funciona muito bem para quem não cozinha diariamente e tem uma família pequena, mas para uma rotina refeições intensa não é o modelo mais adequado.

4 – Ar condicionado na varanda: uma dica que ajuda tanto a valorizar o imóvel, quanto a despertar o interesse de possíveis compradores é criar um espaço técnico que mantenha “escondido” o equipamento de ar condicionado. “Em muitos edifícios vemos essas máquinas ocupando o terraço, utilizando parte dessa área que deveria se destinar apenas ao lazer, o que não é legal”, diz a arquiteta Érica Salguero.

5 – Sem amplitude: seja em casa ou no apartamento, a etapa de projeto é a melhor oportunidade para adotar medidas que valorizem o imóvel. Um exemplo diz respeito à altura do pé-direito. Um pé-direito muito baixo gera desconforto ao morador e vai requerer adaptações posteriores para que o espaço pareça maior e, muitas vezes, mais arejado. “O melhor é tentar manter o máximo de altura possível, para não desvalorizar a residência”, recomenda a arquiteta Cristina Barbara.

6 – Sem luz, sem ventilação: claridade, ventilação e a “face do imóvel” (para que direção determinados cômodos – ou a fachada principal – estão voltados) são pontos frequentemente considerados por compradores antes de fechar um negócio imobiliário. “Um imóvel muito gelado, que recebe pouca luz externa, geralmente, é preterido em relação a outras opções”, comenta a arquiteta Ana Paula Nonato, do escritório Dois A – Arquitetura e Interiores. “A falta de ventilação e luz natural prejudica bastante a avaliação de uma casa ou apartamento”, complementa Viviane Macedo, coordenadora de marketing do Imovelweb, uma espécie de imobiliária online. Além disso, viver em uma casa com iluminação e ventilação deficientes gera uma série de desconfortos (por exemplo, o térmico) e demandas, como a instalação de equipamentos de ar condicionado ou ventiladores e uso diurno de iluminação artificial, com o consequente aumento do gasto energético.

7 – Muita cor e muita personalidade: quando há o interesse em vender o imóvel já decorado, é importante que o design de interiores seja prático, elegante e básico, utilizando preferencialmente móveis com linhas retas. Dessa forma o novo proprietário terá menos trabalho para personalizar a residência, utilizando apenas acessórios, adornos e cores pontualmente e de acordo com sua preferência. “Uma decoração personalizada, com cores muito vibrantes e características muito pessoais diminui o interesse de possíveis compradores”, afirma a arquiteta Ana Paula Nonato, sócia do escritório Dois A – Arquitetura e Interiores. Assim, aposte em uma casa “com a sua cara” se a ideia não for, posteriormente e a curto prazo, vendê-la.

8 – Personalidade em excesso no acabamento: é recomendável pensar bastante antes de personalizar o imóvel em demasia. Azulejos e pisos, por exemplo, são itens muito observados, sobretudo nos casos em que o comprador não está disposto a gastar com uma reforma meramente estética. Pensando na venda, é bom apostar em tons neutros e mais tradicionais. “Azulejos pequenos com flores ou outras estampas já não estão tão em alta. Prefira um acabamento de qualidade e neutro, que agrade a maioria”, sugere Viviane Macedo, coordenadora de marketing do Imovelweb. A mesma recomendação vale para vidros, esquadrias, portas, louças e metais sanitários.

9 – Acabamento de segunda: revestimentos, torneiras, janelas e portas valorizam o imóvel quando são de boa qualidade. “Por outro lado, maçanetas e misturadores emperrados ou que não funcionam perfeitamente podem fazer cair o valor da casa ou apartamento”, alerta a arquiteta Cristina Barbara. Pense da mesma maneira se deseja viver – e posteriormente vender – em uma residência com armários embutidos: faça os móveis com materiais de qualidade, mesmo porque, o mobiliário fixo é uma faca de dois gumes, podendo se tornar tanto um fator positivo, quanto negativo na avaliação do imóvel .

10 – Manutenção atrasada: a manutenção das esquadrias, portas e, especialmente, pisos e paredes é sempre importante. Eventuais manchas ocasionadas por vazamentos (além do problema em si) devem ser sanadas antes de colocar o imóvel à venda. Para que a residência seja bem avaliada, é fundamental que a pintura e os rejuntes estejam em bom estado. “Da mesma forma é importante assegurar que móveis embutidos estejam bem conservados, assim como a marmoraria”, recomenda a arquiteta Clélia Regina Angelo.

11 – Sem planejamento, sem funcionalidade: “O partido arquitetônico da casa ou apartamento deve estar alinhado com as necessidades do morador e do mercado imobiliário”, diz a arquiteta Fernanda Lovisaro, sócia do escritório Lovisaro Arquitetura & Design. Assim, um imóvel com ambientes sem funcionalidade ou elementos que comprometam as tarefas do dia a dia, certamente terá sua avaliação prejudicada. Uma construção com um bom projeto sempre vale mais: ao planejar, pense nos diferentes usos e disposições que um ambiente pode ter. Viviane Macedo, coordenadora de marketing do Imovelweb, explica que, por exemplo, dispor de interruptores e tomadas em lugares estratégicos e de fácil acesso é fundamental .

12 – Área externa abandonada: pintura desgastada, jardins sem manutenção, vidros e janelas trincados podem dar uma impressão negativa em relação à residência e, consequentemente, desvalorizá-la. “O ideal é que tudo isso seja revisto e cuidado antes de colocar a casa ou o apartamento à venda”, recomenda Viviane Macedo, coordenadora de marketing do Imovelweb.

Fonte: Uol