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A Caixa deve desembolsar cerca de R$ 90 bilhões em novos financiamentos imobiliários em 2016, repetindo o volume registrado no ano passado. A projeção foi feita pelo diretor de Habitação do banco, Teotonio Rezende, durante Summit Imobiliário Brasil 2016, evento realizado em São Paulo na última terça-feira (12).

As previsões são um importante termômetro para o mercado imobiliário, uma vez que o banco responde por duas de cada três operações fechadas. Ao participar do painel “Soluções Urbanas: Interiorização”, Rezende destacou os R$ 16,1 bilhões adicionais liberados pelo Conselho Curador do FGTS à Caixa em fevereiro, recursos que reforçam a oferta de crédito do banco.

A Caixa injetará perto de R$ 7 bilhões na linha pró-cotista. Ela permite a trabalhadores com conta ativa no fundo financiarem 85% do valor de imóveis novos e usados em áreas urbanas de até R$ 750 mil. O financiamento tem prazo máximo de 30 anos a taxas de juros entre 7,85% e 8,85% ao ano.

Autorizado pelo Conselho Curador do FGTS, o banco também aplicará R$ 6,7 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), recursos que irão lastrear o financiamento de imóveis de R$ 225 mil a R$ 750 mil, dependendo da região do País.

Sobre os desafios para o setor, Rezende apontou como o maior deles a redução do déficit habitacional brasileiro, estimado em 6 milhões de moradias, 90% dele concentrado em famílias de baixa renda. Por isso, o diretor de Habitação da Caixa defendeu a manutenção da política de subsídios para a compra da casa própria, cujo carro-chefe é o programa Minha Casa Minha Vida.

Responsável por 66% das novas contratações do banco, o programa contratou 4,2 milhões de unidades desde a sua criação em 2009. A meta da terceira fase, anunciada em 30 de março, é entregar mais 2 milhões de imóveis até o fim de 2018.

Fonte: O Fluminense – 18/04/2016