A menos de 500 dias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o governo do estado apresentou um plano para tentar amenizar a entrada de lixo na Baía da Guanabara. No início da tarde, após se reunir com membros do Comitê Organizador e atletas, o secretário estadual do Ambiente, André Correa, anunciou um convênio firmado com o Instituto Grael, para gerir o programa de contenção e retirada de resíduos despejados na Baía, com validade de 18 meses e orçado em R$ 20 milhões. Desde 2012, o estado utilizava ecobarreiras, mas, em março deste ano, o projeto havia sido encerrado.

– O projeto é uma medida paliativa. Prevê a limpeza para a Olimpíada, mas, depois da competição, terá continuação- diz André Corrêa.

O programa, segundo o secretário, terá três fases. A primeira tem data-limite até agosto deste ano para ser concluída – prazo que se deve ao evento-teste de vela que ocorrerá na Baía daqui a cinco meses. Para garantir que a competição ocorra sem problemas, serão instaladas cinco ecobarreiras nos rios Cunha, Meriti, Bomba, Emboaçu (duas), diagnosticados como mais poluidores. Os locais já chegaram a recebê-las, mas, de acordo com o Instituto Grael, este plano é diferente.

O responsável pela elaboração do projeto, o ambientalista Axel Grael, explica as diferenças:

– As ecobarreiras eram rompidas facilmente por pescadores que navegavam pelos rios. Outro problema era a retirada do lixo, que, muitas vezes, se espalhava quando chovia e a maré enchia. A nova estrutura vai ser montada como um lego e vamos posicionar o cordão de isolamento de lixo de forma que os pescadores continuem com o espaço para passar.

Cada módulo de ecobarreira está orçado em R$ 1 milhão. Além de reter a sujeira, a ideia é construir uma base para que o material recolhido seja levado a aterros.

 

Fonte: Extra – 26/03/2015